O jornal Los Angeles Times de hoje (01/06/2009) traz um editorial sobre a mania de jovens adolescentes transmitirem fotos seminuas pelo celular – sexting – uma junção das palavras sex e texting (mensagem enviada pelo celular). A prática também já está disseminada no território verde e amarelo.
Não encontrei estatísticas brasileiras sobre o assunto, mas nos Estados Unidos 20% das jovens que participaram de uma pesquisa sobre Prevenção da Gravidez na Adolescência responderam que já haviam enviado fotos nuas delas mesmas, por email ou celular. E o pior, disseram que mais tarde foram humilhadas e abusadas sexualmente por estes e outros garotos que viram as imagens.
O jornal dá como exemplo o caso de uma jovem de 18 anos, Jessica Logan, de Ohio, que enviou fotos dela nua, para o namorado. Eles brigaram e ele aproveitou para enviar as fotos dela para os amigos da escola. Jessica foi assediada por outros garotos e humilhada sem dó nem piedade, publicamente. O final é deprimente. Jessica se enforcou.
O jornal questiona: Pedofilia ocorre quando o adulto envia foto de menor de 18 anos. E quando a jovem menor envia a própria fotografia e o namorado faz o reenvio? É pornografia juvenil? É um exercício de expressão democrática e livre entre os jovens? A escola deve intervir? E a responsabilidade dos pais? Qual deve ser a pena para estes jovens que infringem a lei distribuindo pornografia infanto-juvenil?
Um dos especialistas em educação entrevistado pelo jornal afirmou que “através do ‘sexting’, os jovens marcam neles próprios “cyber tattoos” (tatuagens cibernéticas) para o resto da vida”.
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