47º FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE:
“OLÍMPIA SE VESTE COM AS CORES POTIGUARES PARA RECEBER O BRASIL” Por Wecsley Cunha
O nascedouro do Festival do Folclore de Olímpia se encontra nas pesquisas e exposições empreendidas pelo Prof. José Sant’anna e seu alunado, na década de 50. Essas exposições, antes circunscritas ao âmbito do antigo Colégio Olímpia, onde Sant’anna lecionava, expandiram-se para outras escolas e estabelecimentos comerciais da cidade, até chegar à Praça da Matriz de São João Batista, transformando-se, desde 1965, num promissor festival.
Na atualidade a festa maior da cidade de Olímpia que em suas etapas iniciais privilegiava o folclore local e regional é reconhecida como a maior e mais importante no gênero, tanto que razão de seu prestigio atribui-se a Olímpia o já consagrado titulo “Capital do Folclore”.
A partir de 2005, 41° FEFOL, foi iniciada oficialmente homenagem a estados brasileiros que têm através de Grupos Folclóricos e Parafolclóricos participado efetivamente durante muitos anos do Festival. Na quadragésima sétima edição, o estado homenageado será o Rio Grande do Norte e o Pastoril Dona Joaquina, de São Gonçalo do Amarante que tem, ao longo dos anos, divulgado e difundido o folclore potiguar no evento.
O diferencial potiguar nesta edição do evento dar-se-á não apenas com a participação de grupos folclóricos como foi comumente visto nas edições em que o Pará, Minas Gerais, a Paraíba e o Paraná foram tema na programação. A cidade de Olímpia está se preparando para receber através dos elementos das nossas tradições no período de 23 a 31 de julho deste ano toda a magia da terra de Cascudo. Uma forte articulação está sendo montada através da equipe organizadora do evento e a Comissão Norte-Rio-Grandense de Folclore que vem desempenhado um incansável trabalho para que esta representação ofereça ao público do festival a oportunidade de apreciar a nossa culinária, artesanato, religiosidades, grupos folclóricos, artistas populares e demais aspectos que permeiam por todo o universo da nossa cultura popular.
A delegação potiguar para o evento conta com a participação de duzentos e oitenta pessoas, dentre elas estão sete grupos folclóricos e mais trinta e cinco pessoas que realizarão além de palestras, exposições, exibições de vídeos, oficinas e demonstrações da prática do nosso artesanato. Olímpia se veste com as cores potiguares para receber o Brasil e para esta celebração, diversos aspectos estão sendo planejados para abrilhantar ainda mais o evento. Exemplo disto é a capacitação que a artesã Ked Mendes juntamente com Séphora Bezerra estarão oferecendo aos lojistas da cidade para que Olímpia absorva não apenas na estrutura do festival, mas em todos os recantos do município os elementos do nosso folclore seja protagonizados nas praças, estabelecimentos comerciais, escolas, casas e demais espaços que vivenciam esta comemoração. É uma vigorosa realização que nos levará a compreender a profundidade das nossas raízes, a observar as possibilidades materiais e intelectuais do povo brasileiro e a compreender seus valores étnicos, psicológicos e sócio-culturais.
O Folclore acrescido dos valores morais que encerra, faz o seu estudo essencial à formação do caráter do homem brasileiro.
“Olímpia, Capital do Folclore, recebe um apreciável contingente de brasileiros e de estrangeiros, aos quais cumpre dar conhecimento dos nossos traços culturais proporcionando-lhes, dentro das características que nos são próprias, o conhecimento de uma faceta da vida e da alma brasileiras”. Disse Maria Aparecida de Araujo Manzolli Coordenadora Geral do Setor do Folclore
Segundo a coordenação do evento, a preocupação na mudança do formato do evento se dá especialmente por este ano está homenageando a terra de Luis da Câmara Cascudo. O mais importante folclorista do mundo em não apenas mostrar apresentações culturais do RN não seria suficiente para que o povo de Olímpia e o público freqüentador do festival conhecer todo o legado da terra do historiador.
Nas principais mudanças que estão previstas para esta quadragésima sétima edição são:
A presença de potiguares produzindo alguns de seus pratos típicos, Artesãos executando peças no pavilhão de exposições conhecido como recinto, A famosa casa de taipa construída em diversos eventos aqui no RN pelo poeta Paulo Varela, sendo que esta casa dará início para um novo projeto na cidade que se chama Vila Brasil composta por uma arquitetura peculiar de cada estado brasileiro, a casa potiguar será a primeira e assim a nossa marca para a cidade de Olímpia, que será a vizinha da Casa do Caipira já existente no espaço.
Dos grupos que estão confirmados para se apresentar no evento estão os Cabocolinhos e os Congos de Guerra de Ceará Mirim, Caboclos e o Rei de Congo de Major Sales, Pastoril Estrela do Mar de Maxaranguape, Boi Calemba Pintadinho e o Pastoril Dona Joaquina de São Gonçalo do Amarante. Este último recebe a homenagem junto com o Rio Grande do Norte durante o Festival.
No final da década de 60, Olímpia recebeu o título com que hoje é amplamente conhecida em todo o país: Capital do Folclore. Um reconhecimento a tudo o que tem sido feito na cidade pela preservação do folclore brasileiro.
Atualmente, o município conta com 50.025 habitantes, de acordo com o censo realizado pelo IBGE de 2010. Sua principal atividade econômica é a agricultura, em que se destaca o cultivo da laranja e da cana-de-açúcar. A indústria também alavanca a economia do município, principalmente nos setores de açúcar e álcool, suco de laranja e metalurgia.
As atividades turísticas têm forte presença no município. Dentre seus principais atrativos, os que mais atraem os visitantes são a Praça das Atividades Folclóricas, o Museu de Historia e Folclore Maria Olímpia, a Igreja Matriz de São João Batista, o Clube Thermas dos Laranjais e a Olimpiart.
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL
Apresentação de Grupos Folclóricos e Parafolcloricos
Com pontos de dança em vários lugares do Recinto.
Gincana de Brinquedos Tradicionais Infantis
Ovo na colher, perna-de-pau, amarelinha, pião, papagaio / pipa, pau-de-sebo etc.
Peregrinação Folclórica
Por meio da apresentação de grupos folclóricos e parafolclóricos que visitam estabelecimentos comerciais, órgãos públicos e agências bancárias, é possível expandir o Festival, levando-o a toda a comunidade.
Seminários de Estudos sobre Folclore
Campeonato de Malha, Bocha e Truco
Oficina Folclorança
Atividades destinadas a crianças da comunidade e aos visitantes.
Mostra de Artesanato
Oficina de Literatura
Recitação de Poemas, Versos e Contos
Exposições e Concurso de Artes
Noites típicas: Música, Dança e Culinária Típica
Oficina de Folguedos Folclóricos
Oficina de Artesanato
Desfile Apoteótico
Museu de História e Folclore Maria Olímpia
Com um rico acervo o museu promove e divulga o folclore nacional. Grupos folclóricos se apresentam no espaço do Museu interagindo com os visitantes.
Mini Festival do Folclore
Um dos eventos promovidos diariamente, o Mini Festival é apresentado por crianças das escolas
da rede pública.
Visita aos distritos
Com apresentações de danças com grupos folclóricos e parafolclóricos.
Missa de Ação de Graças
Apresentação de grupos de Violeiros Mensageiros de Cristo. Com participação de Grupos Folclóricos e Parafolclóricos.
Olimpex
Exposição filatélica cujo tema é o Folclore Brasileiro.
Rally do Folclore
Casa do Caipira
Mostra a Arquitetura folclórica regional.
SOBRE A DIMENSÃO DO EVENTO
Grupos
88 grupos participantes
Áreas de abrangência
Artes cênicas, música, artesanato, gastronomia, seminários, patrimônio cultural (folclore) e turismo
Área de apresentação
Recinto dos Festivais do Folclore – 92.769,21 m²
Arena de apresentação
3.750 m² - 5 mil pessoas sentadas
Infra-estrutura adicional
Estacionamento para 930 automóveis, 57 ônibus,
Estacionamento VIP para 30 ônibus e 300 carros
75 banheiros fixos.
Público estimado
200 mil pessoas (22.220/dia)
Mais informações:
Sephora Bezerra
Ked Mendes
Wecsley Cunha