Google Docs - editores de textos, de planilhas de cálculo e de apresentações, além de compartilhamento e colaboração desses conteúdos em tempo real em uma janela do navegador da web.
Google Sites - editor de páginas da web de forma rápida e fácil. Permite criar páginas na internet.
Opções de suporte 24 horas - acesso a um fórum online de usuários que se auto-ajudam na busca de soluções para dúvidas. A moderação é feita pela Google, que acompanha as conversas e discussões e presta orientações.
APIs (Application Programming Interfaces) - é uma ferramenta capaz de unir a interface de um programa Google com outros programas (softwares) criados por outras empresas de tecnologia para web.
Gmail - email com 7 gigabytes de armazenamento para cada professor, funcionário e aluno da rede pública estadual, com ferramentas de pesquisa para ajudar na busca de informações, além de ferramentas de mensagens instantâneas e agenda integradas à interface de email.
Google Talk - mensagens instantâneas de texto, a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo. Também estão incluídos os recursos de compartilhamento e de mensagem de voz.
Google Calendar - uma agenda online que possibilita a organização de compromissos - eventos, reuniões, etc. Permite publicar agendas e eventos na internet, inclusive de maneira compartilhada com outros usuários.
Galeria de Soluções - Catálogo de aplicações, gratuitas ou não, à disposição dos usuários, integrando-as ao ambiente educacional da Google (Google Apps Education Edition), que reúne todo o conjunto de ferramentas acima descritas.
tema da conferencia de abertura do professor José Marques de Melo
11º Congresso Estadual dos Jornalistas do Espírito Santo
de 5 a 7 de junho de 2009
Prof. José Marques de Melo também lança seu livro Vestígios da travessia, da imprensa à internet – 50 anos de Jornalismo (Editora Paulus).
O congresso vai discutir as transformações na elaboração dos produtos jornalísticos, seus diferentes formatos e meios tecnológicos.
Convites (redação Cultmidia)
Filmes de Quintal
Inscrições Abertas
Informações clique aqui.
10º Forum Brasil
3 a 5 de junho 2009
Informações clique aqui.
A Apresentação do dia 26/05/2009 já está disponível para download no SCRIBD. Para ler ou baixar o documento (ppt) clique aqui.
Texto Referência: Modernidade versus Pós-Modernidade
Livro Referência: Compreender HABERMAS de Walter Reese-Schäffer
Autor: Jürgen Habermas
Para baixar o documento na internet clique aqui.
Obra Complementar: Il Gatopardo (filme)
Diretor: Luchino Visconti
Integrantes do grupo:
Anna Karinna, Regina Cunha, Keulen Oliveira, Cristiane Clébia, Cecília Medeiros
a partir de 6 de julho, publicidade pela primeira vez em seus 78 anos de história,
com aval do chefe da igreja católica
http://www.youtube.com/watch?v=vbaTgTEf8aM
O 360° Digital Influence é voltado para o desenvolvimento de estratégias de monitoramento de marcas e engajamento de pessoas na internet
A OgilvyPR, unidade de relações públicas do Grupo Ogilvy, apresentou nesta quarta-feira, 27, em São Paulo, seu novo serviço para a área digital. Batizada de 360° Digital Influence, a disciplina é voltada para o desenvolvimento de estratégias de monitoramento de marcas e engajamento de pessoas na internet.
"Podemos identificar as pessoas e classificar os graus de influência, afiliação e relevância delas em suas redes de relacionamentos", explicou John Bell, diretor executivo de criação da Ogilvy e líder mundial da 360° Digital Influence. Para Bell, o engajamento de pessoas é "a nova criatividade, a nova grande idéia" da publicidade. "Não estamos mais baseando nosso trabalho em pesquisas sobre o que os consumidores pensam. Nós estamos efetivamente escutando o que os consumidores têm a dizer", afirmou.
O planejamento e a execução do 360° Digital Influence é feito em sinergia com a OgilvyInteractive, unidade do grupo para internet e comunicação digital. Um encontro com 120 blogueiras em 29 de abril - dia que ficou instituído como a data do combate ao câncer de mama - foi o primeiro case da OgilvyPR para o novo serviço. O objetivo era conseguir o engajamento de outras pessoas para a causa.
Fonte: TV Brasil
TV BRASIL
Comentário Geral
Programa Dia da Imprensa
Hoje, 28/5/2008 23 horas
Tema segundo TV Brasil: Entrevistas com intelectuais ligados ao veículo que vem movimentando a difusão da informação durante dois séculos, a despeito das novas tecnologias.
Para sintonizar na TV clique aqui. (http://www.tvbrasil.org.br/flash/comosintonizar.swf)
Para assistir ao vivo pela internet clique aqui. (http://www.tvbrasil.org.br/online/)
Apresentação 16/06/2009 (*)
Livro Referência: Dos Meios às Mediações: comunicação, cultura e hegemonia
Autor: Jesus Martin-Barbero
Editora UFRJ
Citação do livro na internet clique aqui
Obra Complementar: Amor a Flor da Pele (filme)
Titulo Original: In the Mood for Love or Beijing Summer
Diretor: Wong Kar Wa
Integrantes do grupo:
Alda Macedo, Karina de Oliveira, Zelda Caldas, Raimunda Valquíria, Jean Penha
(*) Esta apresentação foi postergada de 12/5 para 16/6 em virtude da necessidade de um tempo maior para preparação do seminário pelos integrantes do grupo.
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Estudos sobre cultura: uma alternativa latino americana aos cultural studies
Entrevista com Nestor Garcia Canclini onde ele aponta a inclusão dos processos socioeconômicos no campo que prefere chamar de “estudos sobre cultura”, como necessária remodelação aos cultural studies, mantendo seu protocolo básico mas evitando uma “hiper-textualização com pouca análise de contexto” que ele reconhece sobretudo na vertente norte-americana dos estudos culturais. Para baixar a entrevista (PDF) clique aqui.
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Convidado pelo programa Fórum da Fundação Telefônica [Argentina], de incentivo à pesquisa e à geração de conhecimento sobre a sociedade da informação, o renomado antropólogo Néstor García Canclini esteve em Buenos Aires para apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. O objetivo foi analisar de forma interdisciplinar o impacto das mudanças tecnológicas na cultura e nas relações sociais. Em conversa com a Educared, Canclini falou sobre as novas formas de estrangeiridade geradas na cultura pela “migração do analógico para o digital”, a reconfiguração do conhecimento promovida pelos chamados nativos digitais e ao conjunto do sistema educacional com a mudança sociocultural. Para ver a entrevista na íntegra clique aqui.
Livro Referência: Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade
Autor: Nestor Garcia Canclini
Editora: EDUSP
Obra Complementar: Amélia (filme brasileiro)
Diretora: Ana Soares
Integrantes do grupo:
Luciane Agnez, Iano Flávio Maia
Alzeny Nelo Ano Internacional da França Clássicos Música Francesa
3/6/2009 TAM Natal e 4/6/2009 Teatro Dix-Huit Mossoró
Dia Internacional Forças Paz ONU e Aniversário Missão ONU Estabilização Haiti
1/6/2009 Maison France RJ
Cine Festival de Triunfo
Cinema Sobe a Serra
2 a 7/8/2009 Triunfo, PE
Fotos Apresentação Seminário Adorno & Bovary - 9 de junho de 2009
Para ver e baixar a apresentação do Seminário (ppt) clique aqui.
Apresentação 09/06/2009
Livro Referência: A Indústria Cultural
clique aqui para ler na Internet
Atenção: texto disponível para cópia no Setor V (Rakel)
Autor: Theodor Adorno
Obra Complementar: Madame Bovary
Para ler o livro ou fazer download clique aqui.
Para ver o filme ou fazer download clique aqui.
Autor do livro: Gustave Flaubert
Diretor do filme: Tim Fywell
Integrantes do grupo:
Rakel de Castro, Ronaldo Neves, Zoraia Assunção, Akynara Aglaé, Edlene Nascimento
As universidades públicas, federais e estaduais, e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, com cursos superiores, terão no período 2009/2010 R$ 19,2 milhões para investir na criação e desenvolvimento de programas e projetos de extensão universitária. Os recursos provêm dos orçamentos dos ministérios da Educação, da Cultura, do Trabalho e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
As inscrições ao Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext) poderão ser feitas a partir da publicação do edital no Diário Oficial da União até 3 de julho. O Proext 2009 tem quatro linhas de ação e os recursos também estão divididos em quatro áreas: educação, desenvolvimento social e saúde terá R$ 12,2 milhões; gestão cultural, economia da cultura e desenvolvimento das linguagens artísticas, R$ 3 milhões; preservação do patrimônio cultural brasileiro, R$ 1 milhão; trabalho, emprego, incubação de empreendimentos econômicos solidários, R$ 3 milhões.
Os recursos do Proext se destinam a melhorar as condições de gestão das atividades acadêmicas de extensão das instituições de educação superior públicas e estimular o desenvolvimento social e o espírito crítico dos estudantes. O limite de recursos para os programas é de R$ 100 mil e para os projetos, R$ 30 mil. A execução deve acontecer num prazo de até 15 meses, tendo como limite 31 de dezembro de 2010.
Aluno estrangeiro – As instituições federais de educação superior que participam do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação têm prazo até 26 de junho para enviar ao Ministério da Educação as inscrições dos estudantes estrangeiros candidatos ao Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes). O projeto oferece assistência financeira de um salário mínimo mensal, durante 12 meses, a alunos matriculados em universidades federais, provenientes de países da África e da América Latina.
A sociedade brasileira, da forma como está escrito na lei do direito autoral em vigor no país, encontra-se ilícita. E quase ninguém escapa. Ao realizar a cópia de um livro, filme, jogo ou transferir uma música de um CD para o aparelho MP3, o usuário vai direto para o terreno da ilegalidade. Como a grande maioria das pessoas comete esses atos sem a menor preocupação ou dor de consciência, o Ministério da Cultura (Minc) resolveu inverter a questão, colocar o dedo na ferida histórica. Depois da realização de diversos seminários, lançamento de cartilha educativa e de transformar o Conselho de Direito Autoral numa diretoria, a fase agora é de análise das propostas. Elas deverão ser transformadas num projeto de modificação da legislação atual, de modo a torná-la mais eficiente. O debate não é novo, surgiu quando o então ministro Gilberto Gil disponibilizou parte das suas canções gratuitamente para download na internet, há sete anos, recebendo críticas de todos os lados.
NOVA LEI
Pontos polêmicos:
• Vai permitir a cópia privada de criações como música, filmes e livros, desde que não cause prejuízo ao titular do direito autoral.
• No corpo da nova lei, haverá instrumentos jurídicos para revisão contratual, com objetivo de melhorar a questão para os autores.
• Deseja criar uma instância administrativa, nos moldes do extinto Conselho Nacional de Direito Autoral, para acelerar a resolução de pontos divergentes, antes de a decisão chegar à Justiça.
• Pretende liberar reproduções de cópias de obras raras de bibliotecas e arquivos para fins de preservação.
• O conteúdo completo da cartilha dos direitos autorais está no site www.cultura.gov.br. Para ler a reportagem na íntegra clique aqui.
O Superior Tribunal de Justiça negou recurso impetrado pela Bandeirantes que pedia o não pagamento da contribuição de 2,5% do seu faturamento ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), pelos direitos autorais de obras musicais. Como o pagamento não é efetuado desde 1999, o montante corresponde a aproximadamente R$ 70 milhões.
A advogada do Ecad Alessandra Vitorino informa que, apesar de, em tese, existir a possibilidade de novo recurso, a decisão tomada pelo ministro Sidney Beneti pacifica o mérito da questão, o que praticamente suprime a possibilidade de mudanças no entendimento.
Desde 1999 as emissoras brasileiras questionam a fixação do valor de 2,5% sobre a arrecadação bruta das empresas para o pagamento de direitos autorais. Para o STJ, cabe ao Ecad a fixação do percentual.
“O importante é que o STJ pacificou o entendimento do mérito. Eu acredito que seja uma questão de tempo para regularizar a situação com as outras emissoras”, diz Alessandra.
Recentemente, o Ecad também venceu processo contra a extinta TV Manchete, com valor aproximado de R$ 56 milhões. A Rede Globo, que iniciou a onda de questionamentos, deposita o valor em juízo, mas de acordo com o Ecad, abaixo dos 2,5% estipulados. O SBT também deposita em juízo, assim como a Rede TV!. Contudo, esta deixou de realizar os pagamentos.
A assessoria da Bandeirantes informa que irá se manifestar apenas após o fim dos recursos.
Cabe à comissão organizadora elaborar o regimento interno da conferência, que vai dispor sobre a organização e o funcionamento, inclusive sobre o processo democrático de escolha dos delegados. Para cada integrante da comissão, dois suplentes foram indicados. Para ver a lista com o nome de todos os integrantes da comissão organizadora clique aqui.
Fonte Intercom
A primeira oportunidade é para quem é sócio regular da INTERCOM e ensina, pesquisa ou analisa jornalismo. O evento é o terceiro Seminário Temático Globo/Intercom, de 1º a 4 de julho de 2009, no Rio de Janeiro. Quem for selecionado recebe passagem, hospedagem e alimentação. A INTERCOM fornecerá Certificado de Estudos Avançados aos participantes que encaminharem, no prazo de 60 dias posteriores ao evento, artigo sobre “Telejornalismo no Brasil”, descrevendo e analisando a produção do telejornalismo regional/local. Informações e inscrições: Intercom - Estação Brigadeiro / Jovina Fonseca - Assistente Editorial E-mail: bibliocom@intercom.org.br / Tel/Fax: (11) 3892-7558. Para ler a notícia completa clique aqui INTERCOM.
Fonte INTERCOM
A segunda oportunidade é o programa Estagiar que faz parte do Projeto Globo Universidade, um projeto de comunicação e integração da TV Globo com Universidades, que promove uma troca permanente de idéias, tecnologias e, principalmente, contribui com a geração de conhecimento sobre televisão no país. Formandos de Dezembro/2009 ou Julho/2010: Administração, Análise de Sistemas, Arquitetura, Artes Plásticas, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Ciências Sociais, Comunicação Social (Radialismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas), Comunicação Visual, Desenho Industrial, Design Gráfico, Economia, Engenharia de Computação, Engenharia Civil, Engenharia Eletrônica, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, História, Informática, Marketing, Mídias Digitais, Propaganda e Marketing, Relações Internacionais e Sistemas da Informação. Formandos em Dezembro/2009: Curso: Comunicação Social (Jornalismo). Mais informações clique aqui.
(Esta nota é especial para o Iano que adora ler livros na Internet como eu)
O livro Para entender a Internet - Noções, práticas e desafios da comunicação em rede já está disponível na internet para ser baixado e lido (de graça). O ambiente escolhido para o evento não foi nenhuma livraria ou qualquer outro espaço físico, mas a rede mundial de computadores, mais especificamente o Twitter (microblog), o que corroborou com o conceito da publicação, programada para ser 100% web, desde a sua concepção até a distribuição para a sociedade.
Formatado para atender a um público com pouca familiaridade com a Internet, o livro é uma coletânea da qual participam 38 autores, todos protagonistas em seus campos de atuação no ambiente web, como, por exemplo, Edney Souza, um dos blogueiros mais conhecidos do Brasil e que escreve sobre blog; Soninha Francine, vereadora, atual sub-prefeita em São Paulo, que fala sobre internet e lei eleitoral; Sérgio Amadeu, ativista combativo do software livre, que esclarece dúvidas sobre pirataria online e Ronaldo Lemos, um dos ativistas brasileiros mais conhecidos e respeitados internacionalmente, que explica o que é o Creative Commons, entre outros.
Caso você queira dar o livro para alguém, não será necessário comprá-lo e embrulhá-lo para presente. Para facilitar a divulgação da obra, o arquivo com menos de 1000k, o que significa dizer que cabe em uma mensagem de email, está disponível para download gratuito. Para acessar a obra clique aqui. Depois é só repassá-la à sua rede social.
Textos e Artigos Fonte: Acervo Educared Argentina
ENTREVISTA Néstor García Canclini
Convidado pelo programa Fórum da Fundação Telefônica [Argentina], de incentivo à pesquisa e à geração de conhecimento sobre a sociedade da informação, o renomado antropólogo Néstor García Canclini esteve em Buenos Aires para apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. O objetivo foi analisar de forma interdisciplinar o impacto das mudanças tecnológicas na cultura e nas relações sociais. Em conversa com a Educared, Canclini falou sobre as novas formas de estrangeiridade geradas na cultura pela “migração do analógico para o digital”, a reconfiguração do conhecimento promovida pelos chamados nativos digitais e ao conjunto do sistema educacional com a mudança sociocultural.
EducaRed: O senhor está em Buenos Aires para participar de um seminário interdisciplinar e apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. De que trata essa pesquisa?
Néstor García Canclini: É um projeto de pesquisa promovido pelo Espaço Fundação Telefônica [Argentina] sobre estrangeiros e tecnologia na cultura. Surgiu como pesquisa internacional sediada na Argentina, para explorar as formas ainda pouco estudadas das estrangeiridades. A noção de estrangeiro tem sido abordada pelas Ciências Sociais e pela Literatura. Há também uma produção artística significativa que parece tratar melhor dos conceitos de viagem, migração e estrangeiridades. Mas quase sempre essa noção se refere ao deslocamento de um país para outro e ao trânsito pelas fronteiras, o que traz discriminação ou conflitos entre culturas em decorrência das mudanças geográficas de populações. Este conjunto de trabalhos tem dado conta do impacto histórico das migrações, dos deslocamentos humanos. No entanto, ao estudarmos esses materiais, notamos que apenas 3% da população mundial vive fora de seus países de origem, ainda que em algumas regiões haja índices migratórios muito altos, como é o caso do México, Equador ou República Dominicana. Nestes países, sobretudo, nos últimos 15 anos, de 10% a 15% da população vive em outras regiões devido a diferentes motivações. Os turistas são um pouco mais numerosos, mas não superam 15% da população mundial. Passamos a questionar, então, a que se deve este grande número de pesquisas sobre viagens e migrações no atual contexto. É preciso relembrar que, de 1850 a 1930, cerca de 50 milhões de pessoas migraram para a América. No entanto, esses deslocamentos se davam por razões bastante diferentes das atuais: eram migrações definitivas. Atualmente, porém, as viagens são de ida-e-volta entre países com certa proximidade. Por outro lado, as comunicações eletrônicas, o telefone e a Internet criam correntes de comunicação muito fluidas.
ED: O desenvolvimento tecnológico confere novos significados ao conceito de estrangeiridade?
NGC: Achamos que existem outras formas de estrangeiridade no mundo contemporâneo. Foi a partir daí que começamos a pensar não só nas formas de estranhamento diante do outro, que se dão quando emigrantes chegam ao nosso país, mas também naquelas que são produzidas quando há rupturas em nossa própria sociedade. Uma das chaves para se perceber isto é o que a comunicação chama de “migração do analógico para o digital”, ou seja, a experiência de estranhamento que nós, adultos, sentimos diante de um jovem nativo das novas tecnologias. Os jovens lidam muito bem com elas, enquanto os adultos, aos 40, 50 ou 60 anos, ao usar o computador e a Internet, sentem que têm que aprender um novo idioma; nós nunca estamos convencidos de que falamos este novo idioma bem o suficiente, e é preciso chamar um jovem para que nos ajude. Há uma mudança de hierarquia do conhecimento quanto ao acesso à informação, e comprovamos algumas vezes que jovens que se sentem nativos das novas tecnologias modificam as tradicionais hierarquias sociais de idade e, às vezes, as hierarquias estabelecidas no plano da educação e do socioeconômico. A partir desta abordagem começamos a pensar em outras formas de estranhamento. O que acontece, por exemplo, aos nativos que se vêem como estrangeiros no próprio país, que se sentem deslocados/desconfortáveis, exilados dentro de sua própria sociedade, “traídos” como se começou a dizer no período das ditaduras, das perseguições internas. Aqueles que saíram do país e, ao regressarem, sentem-se deslocados com relação a seu povo e seus hábitos. Acontecem outras formas de estrangeiridade, como no acesso a redes estratégicas de informação; alguns têm mais acesso a formas mais avançadas de conhecimento que outros, e tais assimetrias criam estrangeiros dentro da mesma sociedade. Ou ainda, há aqueles que não se sentem incluídos nas classificações legítimas da sociedade: é possível ser estrangeiro por opção de gênero, de religião. Mas o que estamos percebendo é que há uma organização das formas de inclusão e de estrangeiridade na sociedade contemporânea que pode adquirir muitas roupagens e que nos permite trabalhar a noção de “estrangeiro” também no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e de outras mudanças socioculturais.
Em determinado momento importante da pesquisa, tivemos uma oficina de elaboração do tema com base na metodologia das Ciências Sociais: Alejandro Grimson, antropólogo; Luis A. Quevedo, sociólogo da comunicação; Graciela Speranza, especialista em Literatura e Arte; Rosalía Winocur, mexicana especialista no uso da Internet entre os jovens; Jorge La Ferla, que trabalha com audiovisual e dirige o Festival Independente de Vídeo de Buenos Aires; Andrea Giunta, especialista e crítica de Arte; José Luis Brea, renomado especialista espanhol em História da Arte e crítica, também curador; e Carlos Amorales, que é artista visual. Elaboramos esse encontro buscando aproximar Arte, Tecnologia e Ciências Sociais, e tentando construir um objeto de estudo das estrangeiridades metafóricas, que são muitas vezes territoriais e que implicam novas formas de discriminação, segregação, organização da idéia de pertencimento e de exclusão nas sociedades atuais.
ER: O grupo se propõe a estudar dois tipos de estrangeiridade: aquela gerada pelas mudanças tecnológicas e a relacionado à cultura. Como se pode estabelecer o limite entre o tecnológico e o cultural?
NGC: Há alguns tipos de estrangeiridades estritamente culturais, como no caso do imigrante que volta a viver em seu país e percebe, por exemplo, como estão mudadas as leis e a dinâmica econômica. Em outros casos, percebemos que houve interação. A inclusão do uso dos celulares produziu uma reconfiguração das relações familiares. Hoje, por exemplo, o uso do celular possibilitou uma grande desenvoltura na relação entre os jovens e seus amigos, o que até então os pais desconheciam. São outros tipos de diálogo e outra linguagem: é a chamada “geração txt”. Isso acaba gerando uma autonomia ao adolescente muito mais cedo.
ER: Como se pode trabalhar a partir do sistema educativo para reduzir as distâncias (e as novas estrangeiridades) produzidas pelas diferenças de acesso às tecnologias?
NGC: Estes novos abismos criados dentro de uma mesma sociedade exigem uma reformulação do sistema educativo e de todas as formas de difusão da cultura. Na América Latina há uma grande resistência nas escolas para incorporar as novas tecnologias e também a indústria cultural de forma geral. Ainda existem educadores pensando que a televisão é a grande inimiga da escola. E durante décadas esse pensamento tem produzido uma nova geração que se socializa de uma forma na escola e de outra em casa, com os amigos. As novas tecnologias passaram por várias etapas. A primeira delas foi levar computadores para todas as escolas, e não deu certo; em função disso, a etapa seguinte foi formar os educadores para as novas tecnologias. Muitos jovens se acostumaram a ler e escrever nos monitores dos computadores e quando não encontravam computadores disponíveis nas bibliotecas, estabelecia-se um distanciamento dos jovens. Não se trata de dizer que hoje não se lê mais, mas é que se lê de outra forma. É por isso que as escolas devem reformular suas estratégias.
ER: Ainda que as escolas não dêem o suporte necessário, hoje os adolescentes têm acesso à tecnologia em outros espaços. Qual é a contribuição específica que a escola pode dar em relação ao uso das TICs?
NGC: A socialização das novas tecnologias se dá em diferentes pontos. Em uma pesquisa que fizemos no México, em 2005, sobre hábitos culturais da juventude, constatamos que não chegava a 30% o número de jovens que possuíam computador em suas casas, mas chegava a 70% os jovens com acesso à Internet em cibercafés. Possuir o computador em casa não é indicador de difusão e mudança de comportamento. No entanto, a produção de conhecimento não acompanha a velocidade da informação. Não se pode superestimar a imensidão de informação que a Internet proporciona, já que muitas vezes ela é caótica. Na verdade, o trabalho da escola é oferecer novas oportunidades para essa conceituação.
ER: Em um contexto de produção coletiva e multicentralizada como é hoje a Web 2.0, de que maneira se pode validar a produção do conhecimento?
NGC: Depende de que tipo de conhecimento estamos falando. No âmbito científico há formas digitais muito avançadas de validação. Em outros âmbitos são mais polêmicas, há muitos critérios. No caso da informação jornalística, a Internet trouxe a possibilidade de um controle maior sobre as informações geradas pelos grandes meios e, sobretudo, tornou possível uma multiplicidade de perspectivas diante de um mesmo assunto ou notícia.
ER: Entre os jovens quais são as mudanças que se anunciam na cultura juvenil trazidas pela exposição às novas tecnologias? É possível pensar essas mudanças em perspectiva?
NGC: Anuncia-se claramente uma reestruturação das redes sociais e culturais. Surgem novas formas de privacidade, interdependência. É um campo de estudos muito recente. Há várias televisores nas casas. Quase não se assiste à televisão em família. A exposição às tecnologias promove ao mesmo tempo uma maior valorização da autonomia em idades menos avançadas e um maior desenvolvimento de redes entre iguais ou semelhantes. É um hábito recente que se começa a estudar. De qualquer maneira, a velocidade das mudanças é espantosa. É difícil prever as mudanças em curso. É por isso que a pesquisa é reorientada a todo o momento. Podemos constatar e estudar os novos comportamentos, mas não é possível antecipar ou prever os impactos que eles terão no futuro.
Trad.(portugues) Gissela Mate