Dar crédito e minimizar difamação estão entre as principais preocupações dos blogueiros
Por Stella Dauer
Quando blogueiros são comparados com jornalistas, são sempre chamados de bagunceiros, desorganizados, sem base e, principalmente, sem responsabilidade ou ética. Porém, um estudo realizado pela Nanyang Technological University em Singapura revelou que a blogosfera compartilha um código de ética informal, formado por regras simples que costumam ser seguidas por todos os autores de blogs do mundo.
A pesquisa, publicada no jornal New Media Society e reproduzida pelo site TG Daily, foi realizada com 1.224 blogueiros espalhados pelo mundo e, como resultado, constatou-se que a maioria deles é do sexo masculino e possui menos de 30 anos. Além disso, 65% deles vêm dos Estados Unidos e nenhum outro país ultrapassou os 8% de participação. Estudantes e profissionais de TI figuram entre a maioria dos usuários ocupando 40% e 10% do total, respectivamente.
Segundo o site ars technica, os usuários abandonam com freqüência as atualizações de seus blogs, e por isso têm o costume de migrar para agregadores de blogs (como a Geek – www.geek.com.br) para que possam postar menos, mas manter o fluxo de informação.
Ainda de acordo com o estudo, o objetivo principal do usuário que se cadastra em um serviço de blog ou monta seu próprio site é o de alimentar um diário online ou compartilhar pensamentos, opiniões e sentimentos com a rede mundial. Blogs que não são de cunho pessoal tem foco em prover informações e comentários.
Um dos princípios mais visíveis e compartilhado entre todos na blogosfera é o crédito de fontes e o repúdio ao plágio. Basta entrar em um blog para encontrar vários links que referenciam informações, opiniões, textos e imagens a outros locais, recomendando a visita e gerando tráfego para todos. Esse “boca-a-boca digital” garante as almejadas pageviews que fazem o sucesso de um blog.
Blogueiros também se preocupam muito em sempre trazer veracidade às informações que publicam, se responsabilizando pela qualidade de seu conteúdo e mantendo o respeito e a confidencialidade de certos assuntos para minimizar danos à imagem ou reputação de pessoas e empresas. Eles também procuram estar disponíveis ao seu público, respondendo contatos e se comunicando por redes sociais. Blogueiros que não “seguem” as regras são isolados e passam a não ser mais recomendados e visitados por ninguém, como um castigo não intencional.
“Este primeiro estudo em larga escala sobre a ‘sociologia’ dos blogs não revelou nenhuma chocante falta de ética nestas áreas”, disse Andy Koh, da equipe de pesquisa da Universidade, e explica: “Códigos de ética podem ser um pouco mais do que um conjunto de ideais, a não ser que venham na forma de sanções”.
Koh e seus colegas Alvin Lim e Ng Ee Soon acham que mesmo com seu tamanho e informalidade, a blogosfera possui uma auto-regulação. Isso pode acontecer graças ao fato de a comunidade mundial de blogs ser um ambiente muito mais interativo do que a mídia tradicional é.
O site ars technica também informa que em uma nota de 2007, Tim O’Reilly, da famosa editora que leva seu nome, já havia especulado sobre o fato de que um código de conduta bastante rígido para blogs deveria existir. O’Reilly foi duramente criticado à época, acusado de censor. Todavia, regras semelhantes aos seis princípios sugeridos por O’Reilly há dois anos são seguidos indiretamente hoje, até mesmo pelos que os criticaram.
www.geek.com.br
---------- message ----------
From: tramitacao@camara.gov.br
* PL 2246/2007 - Veda o uso de telefones celulares nas escolas públicas de todo o país.
Apensado(a) ao(a): PL-2246/2007 (11/12/2007)
Ementa: Veda o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sem fins educacionais, em salas de aula ou quaisquer outros ambientes em que estejam sendo desenvolvidas atividades educacionais nos níveis de ensino fundamental, médio e superior nas escolas públicas no País.
Explicação da Ementa: Proíbe o uso de celulares, jogos eletrônicos, MP3 e outros durante as atividades educacionais ministradas em escolas públicas.
Indexação: Proibição, utilização, aparelho eletrônico, telefone celular, jogo eletrônico, sala de aula, escola pública, ensino fundamental, ensino médio, educação superior, penalidade, infrator.
1º de Julho de 2009 - Encaminhada à publicação.
Parecer da Comissão de Educação e Cultura publicado no DCD de 02/07/09, Letra A.
DEBATE ABERTO
O mal-estar na Universidade
O abandono da Universidade Cultural e sua substituição pela “Universidade
da Excelência” ou do “Conhecimento” dizem respeito à dissolução do papel
filosófico e existencial da cultura. Constrangido à pressa e ao
atarefamento diário, o ócio necessário à reflexão e à pesquisa é proscrito
como inatividade, os improdutivos comprometendo o princípio de rendimento
geral.
Olgária Mattos
A militarização do campus universitário da USP e a solução de conflitos
através da força atestam o “esquecimento da política”, substituída pela
ideologia da competência, entendida segundo o modelo da gestão
empresarial, com seu culto da eficiência e otimização de resultados.
Também a proposta mais recente da reforma da carreira docente e do projeto
da implantação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo),
respondem, cada qual à sua maneira, à “produtividade”, os acréscimos
salariais dos professores subordinando-se ao número de publicações e a seu
estatuto— se livro, capítulo de livro, ensaio em revistas, se estas se
ajustam ao “selo de qualidade” das agências de financiamento; número de
congressos; soma de palestras; orientações de teses e dissertações e,
sobretudo, se estas obedecem ao prazo preconizado, tanto mais exíguos
quanto mais os estudantes chegam à Universidade desprovidos de
pré-requisitos à pesquisa,como um conhecimento adequado do português para
fins de leitura e escrita universitária, (guardadas as exceções de praxe),
bem como acesso a línguas estrangeiras. De fato, a Universidade se adapta
às circunstâncias do ensino médio, e o mestrado pretende contornar as
deficiências da formação no ensino médio (e fundamental também), que
incidem nos anos de graduação, convertida em extensão do segundo grau.
Professores e estudantes cedem precocemente a publicações, sem que haja
nelas nada de relevante, e, ao mesmo tempo, devem freqüentar cursos ou
prepará-los, realizar trabalhos correspondentes, desenvolver suas teses -
uma vez que a quantidade consagra pontuações para futuras bolsas de
iniciação científica ou aprovação de auxílios acadêmicos. Quanto aos
docentes, estes se ocupam cada vez mais com tarefas de secretaria, como
preenchimento de planilhas, elaboração de relatórios, propostas de
inovação em cursos não obstante ainda em vias de implantação,
acompanhamento de iniciação científica, organização desses congressos,
participação em atividades de iniciativa discente, preenchimento de
pareceres on line de um número crescente de bolsistas, e por aí vai. No
que diz respeito ao ensino à distância, ele não responde à democratização
da Universidade mas a sua massificação.
O abandono da Universidade Cultural e sua substituição pela “Universidade
da Excelência” ou do “Conhecimento” dizem respeito à dissolução do papel
filosófico e existencial da cultura. Constrangido à pressa e ao
atarefamento diário, o ócio necessário à reflexão e à pesquisa é proscrito
como inatividade, os improdutivos comprometendo o princípio de rendimento
geral. Este encontra-se na base da transformação do intelectual em
especialista e da docência como vocação em docência como profissão. O
saber técnico é o do expert que transmite conhecimentos sem experiência,
cujo sentido intelectual e histórico lhe escapa. Assim como no processo
produtivo a proletarização é perda dos objetos produzidos pelos produtores
e perda do sentido da produção, a especialização pelo know how é
proletarização do saber. Por isso o especialista moderno se comunica por
fórmulas, gráficos, estatísticas e modelos matemáticos. Foucault reconhece
seu primeiro representante em Oppenheimer que enunciou o projeto
Mannhathan - que levou à bomba-atômica - em termos simpaticamente
técnicos.
A “Universidade do Conhecimento” perverte pesquisa em produção. Quanto à
educação à distância, ela não significa um apoio ao conhecimento e seu
acesso a regiões distantes, mas sim o fim de toda uma civilização baseada
nos valores da convivência, da sociabilidade e da felicidade do
conhecimento.
Olgária Mattos é filósofa, professora titular da Universidade de São Paulo.
-------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIOS
1. Por ELVIRA PEREIRA
Em 01/07/2009 - 13:32
É uma reflexão interessante, levando em conta o aumento dos cursos à distância e a sede do mercado por profissionais capacitados a que preço for, diga-se de passagem não são nada doces.
O que podemos fazer? Essa é uma tendência do futuro ou o momento político social assim o exige? Quanto ainda falta para extrair da alma dos seres, na tentativa de aniquilá-lo como senhor das decisões e, por isso mesmo, necessitando de idéias?
Enquanto os interesses partirem do capital há de se travar uma guerra de forças desiguais para mudarmos qualquer coisa, mas, o importante é não desistir de existir enquanto sujeito reinventando todos os dias, esse homem, que teimar em manter vivo o pensamento diferenciando-o dos animais domesticados e que agem por instinto. Elvira
Militares golpistas cortam sinal de rádios e TVs em Honduras
Estações de rádio e de TV de Honduras foram fechadas entre domingo e segunda-feira, depois do golpe militar do fim de semana, que derrubou o presidente Manuel Zelaya. Entidades internacionais de defesa da liberdade de imprensa condenaram a medida.
Pouco depois de militares hondurenhos terem detido o presidente Zelaya e o obrigado a partir para a Costa Rica no domingo, soldados invadiram uma popular estação de rádio e fecharam as redes internacionais de TV CNN em Espanhol e Telesur, emissora venezuelana que tem o patrocínio de governos esquerdistas da América Latina. Leia mais em:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1212249-5602,00- MILITARES+GOLPISTAS+CORTAM+SINAL+DE+RADIOS+E+TVS+EM+HONDURAS.html
Fonte: Folha Online PAULA NUNES colaboração para a Folha de S.Paulo
Data da notícia: 28/06/2009
Cada vez mais alunos de graduação ligam o computador, inserem a senha e estão em sala de aula. O número de matriculados em cursos superiores a distância cresceu 106% entre 2007 e 2008, segundo o MEC (Ministério da Educação).
No ano passado, 109 instituições de ensino públicas e privadas receberam 761.099 matrículas nessa modalidade de EAD (educação a distância).
Para ler a notícia na íntegra clique aqui.