Fonte: Redação Correio do Estado
Fiscais da Receita Federal encontraram 750 toneladas de lixo no Porto de Rio Grande (RS). O material foi transportado por navios da Inglaterra e teria sido enviado no lugar de produtos importados por uma empresa gaúcha.
Dentro dos contêineres trazidos ao Brasil pelos ingleses estavam toneladas de plástico, papel e vidro, além de seringas e preservativos. Um dos reservatórios levava brinquedos, com bilhetes informando: “Entregue estes brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”.
Para ler a notícia na íntegra clique aqui.
Finalmente alguma autoridade se pronuncia contra o AI5 Digital e em defesa da liberdade na rede.
"É censura”, diz Lula sobre a 'lei Azeredo'
As declarações do presidente Lula fizeram sucesso no 10º Fórum Internacional do Software Livre. Depois de chamar o coordenador do evento, Marcelo Branco, de “ grande amigo” e fazer um cumprimento especial ao professor Sérgio Amadeu, o maior ativista contra a lei de cibercrimes do senador Azeredo, Lula começou um discurso interrompido por muitos aplausos. “A Dilma (Rousseff) já falou pelo governo”, brincou o presidente após a fala recheada de números sobre a inclusão digital e o uso do software livre da ministra Chefe da Casa Civil.
Lula se colocou entre os fundadores do movimento do software livre no Brasil: “Comer desse prato do software livre agora é fácil mas o difícil foi fazê-lo, quando há anos atrás me convenciam da importância”. O Presidente agradeceu à comunidade do software livre que o fez optar pela liberdade: “Ou a gente ia pra cozinha e fazia um prato com o tempero brasileiro ou comia o que a Microsoft oferecia”.
Lula também foi direto no ataque ao projeto de lei do Senador Azeredo - em tramitação - acusada pelo 10º FISL como a instauração da vigilância na internet brasileira.
Ele disse que não podia vetar a lei, como pedia um cartaz erguido pela platéia, porque “ainda nem foi aprovada”. No entanto, declarou que “esta lei quer fazer censura” e completou com um aviso ao Ministro Tarso Genro, também no evento: “Precisamos mesmo mudar o código civil e responsabilizar a cultura digital ao invés de começar pela vigilância, afinal nesse governo é proibido proibir”.
Por Tadzia Maya, para o UOL Tecnologia
A propósito da crise que assola a USP - a mais importante universidade brasileira -
o pesquisador Renato Janine escreveu esse artigo que merece a atenção de todos
os acadêmicos que compartilham nosso blog, já que se encaixa bem à nossa realidade institucional.
Ele defende o princípio da qualidade e da "auctoritas" - autoridade - na
academia, que é conquistada na criação e no fazer acadêmico - produção
intelectual - e não na democracia participativa.
Uma boa reflexão!!!
Que universidade é essa?
Distinção entre poder e autoridade é crucial para entender a crise por que
passa a USP
RENATO JANINE RIBEIRO
ESPECIAL PARA A FOLHA - 21/06/09
A USP é a melhor universidade da América do Sul. E é a única universidade
pública brasileira que não tem eleições diretas para reitor. Esses dois
traços estão ligados ou não? Parte da comunidade acredita que ela é a melhor porque
não cai na demagogia. Outra parte acha que não ter eleições diretas é sério
déficit democrático.
Muito da discussão se deve a uma confusão entre poder e autoridade. Na
academia, o que conta é autoridade. Ter autoridade não é mandar. "Auctoritas" é algo
difuso. Vem do latim "augere" -crescer, desenvolver, animar, embelezar-, que,
por sinal, também dá "augusto". Expressa um sentido moral, um respeito à
qualidade. Passa pelo reconhecimento do mérito no pensar, no criar. Na
democracia, o poder vem da eleição. Mas nem voto nem nomeação dão autoridade.
Dentro da academia, um poder sem autoridade é vazio. Uma universidade ou um
departamento chefiados por quem não tem autoridade acadêmica perde em
respeito.
Povo USP
Assim, primeiro ponto: uma universidade deve ter qualidade. Esse é o seu
diferencial específico. Deve formar bons alunos, mas, se tiver ambição de
liderança, deve formar doutores muito bons e fazer pesquisa entre boa e
ótima.
Isso a USP faz. Segundo: "democracia", o poder do povo, exige uma pergunta. O
que é o povo? Há um "povo USP", composto de seus docentes, funcionários e
alunos, que teria o direito ético de eleger a direção da universidade? Não. O
povo que existe é o paulista, que sustenta a USP. Os servidores, docentes ou
não, que ele paga, e os alunos, que recebem de graça um ensino muito bom, não
são um povo.
Ninguém de nós cogitaria que a direção das secretarias de Estado fosse eleita
por seus funcionários, ou a dos hospitais pelos seus servidores. Mas, se o
reitor da USP fosse nomeado (e demitido) pelo governador como um
secretário de Estado, seria um desastre.
A autonomia é necessária -justamente, porque a universidade se distingue
por sua qualidade. Sou contra a "meritocracia". Numa democracia, o poder
("kratos") é do povo. Ter poder implica definir metas para o governo. A universidade é um meio excelente para certos fins que nossa sociedade consensuou democraticamente:
formação de profissionais (na graduação) e, nas melhores instituições,
formação de pesquisadores e avanço na pesquisa.
Sendo um meio, a universidade tem de ser muito boa. Daí que nela deva
contar não o poder, mas a autoridade. O governador recebe poder do povo. Já a
autonomia da universidade decorre de sua autoridade. Isso a deve afastar dos confrontos partidários -cujo lugar correto está na disputa pelo poder político. A
pesquisa pós-graduada constitui o segredo interno da boa universidade. Ninguém sabe
disso fora dela. Quando a imprensa ou os políticos se debruçam sobre as
universidades, quando discutem vestibular ou cotas, pensam na graduação.
Mas o que distingue uma universidade em segundo grau -isto é, aquela que
forma quadros para serem criadas e desenvolvidas outras instituições de ensino
superior, fazendo o que chamamos de "nucleação" (isto é, formar núcleos de
bons docentes)- é sua pujança na pós-graduação. E isso porque, no Brasil, à
diferença dos EUA, quase toda a pesquisa, inclusive parte da tecnológica, se faz nas
universidades. Mas quem é o sujeito da autonomia, quem -dentro da
universidade- detém legitimidade para, em nome dela ("autos"), dar-lhe suas regras, suas leis (o "nomos")? Aqui está o problema.
Neste ano, teremos a sexta eleição para reitor por regras que fazem com que,
depois de um primeiro turno em que votam mais de 1.200 membros das
congregações e conselhos, o nome se defina num segundo turno restrito aos 256 membros dos conselhos centrais. Das cinco eleições realizadas desde 1989, só numa
venceu um candidato de oposição ao reitor. Milhares de docentes doutores nem sequer
votam no primeiro turno, e o segundo turno é próximo demais do poder. Isso não é
bom. Afasta o reitor da comunidade.
Tal situação favorece a greve de (quase) todo outono e a reivindicação,
que não tem apoio da maioria acadêmica, por eleições diretas. Por que digo que não
tem apoio? Porque em nenhuma escolha depois de 1985 houve um candidato sequer que
fosse à consulta direta. Todos aceitaram as regras do jogo. Mas ficou uma
distância entre o reitor e sua comunidade, que o enfraquece.
Outro sistema
Na comunidade acadêmica, muitos não aceitam eleições diretas. Vários bons
pesquisadores prefeririam um sistema que funciona bem, fora da América
Latina: o do comitê de busca que entrevista os selecionados e, em razão de seu
currículo e de seus projetos, escolhe o reitor. Mas não creio que esse
sistema funcione aqui, porque contraria as tradições construídas nas últimas
décadas e que tendem à eleição. Nosso sistema foi testado, está superado e defendo sua mudança para o futuro. Mudá-lo a quatro meses das eleições seria
ilegítimo. Mas ele precisa ser ampliado.
Concluindo: primeiro, toda e qualquer mudança na direção da universidade
só terá valor se aumentar, e não diminuir, a qualidade da pesquisa científica que
fazemos. É por isso que muitos se opõem à eleição direta, na qual veem a
subordinação da qualidade a questões políticas, a redução da autoridade ao
poder. Segundo, precisa aumentar sensivelmente o colégio que escolhe o
reitor.
Pessoalmente, defendo que um colégio mais amplo -que inclua os membros dos
conselhos departamentais e das comissões estatutárias nas faculdades- vote no
primeiro turno; que o segundo turno também se amplie, talvez com o mesmo
colégio; e que se negocie com o governador a substituição da lista
tríplice por uma representação da sociedade no colégio eleitoral, de modo que a eleição do reitor se complete pelo voto.
Há, sem dúvida, outras propostas de ampliação. Mas qualquer mudança na
eleição só tem sentido se for para aumentar a legitimidade do reitor -fazê-lo mais
representativo, sim, mas lhe dar maior "auctoritas". Na USP, a autoridade foi
para os líderes de bons grupos de pesquisa. A reitoria precisa recuperar a
liderança, mas esta não é questão de poder, e, sim, de qualidade.
RENATO JANINE RIBEIRO é professor titular de ética e filosofia política na
USP e foi diretor de avaliação da Capes entre 2004 e 2008. É autor de "O Afeto
Autoritário" (ed. Ateliê).
Por mais incríveis que pareçam os usos que se fazem das novas tecnologias, como blogs, twitteres, facebooks e muitos outros, é preciso prestar atenção no que está escondido nisso tudo - não seriam entrelinhas, podem ser os entrebit ou entrebytes.
Aqui, vai uma boa análise sobre o assunto. Está em inglês, mas vale a pena tentar ler.
http://electronicintifada.net/v2/article10616.shtml
O artigo lembra, por exemplo, que a mídia estava muito preocupada com o Irã, enquanto os índios amazônicos do Peru sofriam um massacre na defesa de suas terras originais.
Lembra que na Georgia, as pessoas também estavam nas ruas, também haviam mortos, mas isso não era notícia, talvez porque os presidentes dos dois países são aliados dos Estados Unidos, da ONU e da OTAN.
Comentários:
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From: Valquiria Carvalho Carvalho
Oi amiga, bom dia!!!
Quero te agradecer pela atenção, e parabenizá-la pela lindaaa organização das fotos no scrapblog. De fato o problema em não abrir a página do cultimidia era no meu micro, mas já resolvi, era um modo de segurança do anti-vírus.
Graças a Deus estou bem, e desejo o mesmo para você, que é uma pessoa muito especial para toda a turma, pois além de muitas outras virtudes, tens um carisma contagiante, que me faz ter muitas saudades.........
Amiga, infelizmente não poderei ir para o incerramento da disciplina, devido o trabalho.....Por favor repasse o meu abraço para todos, pois essa turma deixou muitas recordações. Ficarei em contato com o meu grupo para fazermos o artigo, caso a Prof. Graça mencione algo a respeito.
Te desejo..... Um ótimo Domingo e uma bela semana.
Beijos
Valquíria
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Confraternização no Restaurante Mangai Junho de 2009
Fotos 19 de maio de 2009 - Seminário Hall
Fotos 26 de maio de 2009 - Seminário Habermas
Fotos 2 de junho de 2009 - Seminário Canclini
Fotos 9 de junho de 2009 - Seminário Adorno
Caros, existe um movimento crescente na internet que busca dar visibilidade às boas notícias.
Como alguns de vocês sabem, já faz tempo que ler jornal ou assistir noticiários na TV aberta é um exercício insano e pesaroso, pela escolha que nosso jornalismo em geral fez de só divulgar e dar destaque a coisas negativas.
Parece que o objetivo é ficar alimentando desesperança e pessimismo. Sabemos que o mundo não é um mar de rosas, nunca foi. Mas isso não justifica que qualquer bandidinho que cometa um assalto espetacular ganhe a primeira página, enquanto um jovem da mesma origem, com muito esforço, passa no vestibular de Medicina e não merece nem uma linha. Ou que um prefeito dê cargos para todos os familiares e roube o dinheiro do povo e por isso tenha especial atenção, melhorando até suas chances de ganhar a próxima eleição, pela visibilidade que alcança, enquanto outro, que faz mudanças inovadoras e inteligentes na educação das crianças, por exemplo, seja totalmente ignorado. Essas escolhas na agenda diária do jornalismo nos afastam das notícias e faz crescer o público que se restringe aos cadernos especiais, de cultura ou de esportes, onde se pode ler notícias interessantes, e não os detalhes do último assassinato, desastre ou caso de corrupção.
Agora, um grupo de jornalistas, igualmente repugnados pela linha editorial macabra da grande imprensa, criou um blog para que a gente saiba também das coisas boas que estão acontecendo, e que não são tratadas por ela. O blog é http://www.boanoticia.org.br Há outro também, este não de jornalistas, mas com a mesma finalidade: http://somenteboasnoticias.wordpress.com/
Uma boa semana para vocês.
Se alguém tiver conhecimento de alguma outra iniciativa desse tipo, poste aqui.
Caros leitores, o blog cidadania.com, linkado aqui, está com uma campanha bastante interessante sobre a manipulação simbólica dos fatos que, invariavelmente, marcará a cobertura das eleições de 2010.
Confiram:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/