De 21 a 23 de junho Singapura se transformou na cidade do AMIC (The Asian Media Information and Communication Centre) o Centro de Comunicação e Informação da Mídia Asiática, em Suntec City. O evento reuniu pesquisadores, técnicos, comunicadores e especialistas em mídia digital de várias universidades da Europa, Ásia e Estados Unidos. 



(photos By MadanRao)

A cidade aproveitou para inaugurar o Marina Bay Sands (clique aqui para ver as fotos), um resort de 4 bilhões de libras esterlinas (cerca de 12 bilhões de reais).

O tema da 19ª Conferência é Tecnologia e Cultura: conexões e divisões da comunicação. A tecnologia da comunicação é oferecida como um conector das pessoas. E é verdade que hoje, muitos estão aptos a conectar e comunicar com/e/por caminhos nunca antes imaginados. O mundo diminuiu a distância e o tempo, graças às novas tecnologias de informação e comunicação. Entretanto, as respostas para o uso das novas tecnologias são diferentes dependendo de cada pessoa, grupo social ou comunidade. Um grupo social pode abraçar o uso da nova tecnologia para sua conveniência e facilidade, enquanto outro grupo pode recusar, justificando que haverá invasão de privacidade e violação da segurança, tanto individual, como do grupo. Um país pode utilizar a tecnologia para liberar as pessoas, enquanto outro país pode usar a mesma tecnologia para manipular seus cidadãos. Em uma sociedade a tecnologia pode diminuir a distância entre  os que têm e os que não têm, mas em outras sociedades este espaço pode ser ampliado. Um fator em comum é que muitas vezes em todas estas variações, o que chama a atenção é a forma como as pessoas se apropriam e difundem a cultura tecnológica, a cultura digital. É importante analisar o jogo entre o determinismo tecnológico e o determinismo cultural e o espectro de interesecções entre estas duas polaridades.

O professor Madan Rao (terceiro da esquerda para direita na foto ao lado) comandou a Mesa Redonda que discutiu as várias experiências de distintos países sobre as novas tecnologias de comunicação.  Foram apresentados trabalhos sobre a forma como as TICs podem gerar riqueza de idéias e quais os valores que indicam a forma como as pessoas  estão se apropriando desta nova mídia e o que precisa ser estudado. 

Os principais temas e tópicos foram:

Media e Mundo Globalizado
New Media e Old Media
Media e Identidade Cultural
Media e Desenvolvimento
Media e Democracia
Media e Boa Governança
Media e Gênero
Media e Juventude
Media Leis e Regulamentos
Media Alternativa e Comunitária
Indústria Mediatica Tendências e Dinâmicas
Perspectivas para a Comunicação na Ásia
Comunicação Internacional

Fonte: GBMachado

“Paz, amor, união e diversão”, é a proposta do livro Hip Hop – A Cultura Marginal - do povo para o povo de Anita Motta e Jessica Balbino, que é, o tempo todo, fiel a história do hip hop no Brasil e no mundo.

Com uma linguagem jornalística das grandes reportagens, clara, doce, dinâmica, eficiente, coloquial e informativa, marcada por histórias singulares com uma riqueza de dados surpreendente.

Definitivamente é um livro que traz o retrato de uma cultura urbana, emergente das classes populares das metrópoles.

Uma verdadeira aula de hip hop, que já começa no título, nos fazendo questionar, que cultura é essa? Que marginal é esse?

É um livro gostoso de ler, com conteúdos específicos, poesias, histórias e curiosidades únicas. Um material que é com certeza um registro histórico-cultural, daquele que é o maior movimento social dos últimos 30 anos. Esta obra, contribui, inegavelmente para dar mais visibilidade a uma cultura que carrega em sua face, o olhar do preconceito, da ignorância, da desigualdade e da exclusão a partir daqueles que desconhecem, rotulam ou ignoram.

Afirmo que é louvável a produção das jornalistas que se lançaram a campo para registrar a voz de um movimento, ritmo e cultura, certificando que mesmo numa forma de deficiência a universidade ainda forma seres pensantes, que estão à frente na análise das manifestações culturais e fenômenos sociais, muito antes do que qualquer meio de comunicação.

Elas dizem assim, no capítulo inicial: “Vem ardendo, sangrando e machucando. É o berro que emana dos morros, guetos e favelas. Vem dos locais mais pobres, o grito desesperado de quem vem da periferia. Chega ao asfalto carregado de protesto, indignação, carência, vontade, luta e marginalidade”.

Para adentrar no mundo do hip hop e conhecer faces totalmente desconhecidas ou ignoradas da hiphoptude, o livro Hip Hop – A Cultura Marginal é um bom começo.

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