Posted by admin 30 de mai. de 2009 0 comments

O objetivo do acordo é dar acesso aos 2,5 milhões de estudantes e 165 mil professores das 3.920 escolas públicas do estado aos softwares do Google Inc. O contrato foi assinado pelo chefe do executivo mineiro, Aécio Neves, e pelo diretor geral da empresa na América Latina, Alexandre Hohagen. Também esteve presente na cerimônia o vice-presidente mundial da Google, Vint Cerf. A ferramenta principal que será disponibilizada a esse público será o Google Apps Education Edition, conjunto de softwares que inclui serviços de e-mail, mensageiro digital instantâneo, agendas digitais compartilhadas, editor de textos e planilhas, além de editor de páginas de Web. A parceria ainda prevê suporte técnico e treinamento. Confira as ferramentas oferecidas a estudantes e professores:
Google Docs - editores de textos, de planilhas de cálculo e de apresentações, além de compartilhamento e colaboração desses conteúdos em tempo real em uma janela do navegador da web.
Google Sites - editor de páginas da web de forma rápida e fácil. Permite criar páginas na internet.
Opções de suporte 24 horas - acesso a um fórum online de usuários que se auto-ajudam na busca de soluções para dúvidas. A moderação é feita pela Google, que acompanha as conversas e discussões e presta orientações.
APIs (Application Programming Interfaces) - é uma ferramenta capaz de unir a interface de um programa Google com outros programas (softwares) criados por outras empresas de tecnologia para web.
Gmail - email com 7 gigabytes de armazenamento para cada professor, funcionário e aluno da rede pública estadual, com ferramentas de pesquisa para ajudar na busca de informações, além de ferramentas de mensagens instantâneas e agenda integradas à interface de email.
Google Talk - mensagens instantâneas de texto, a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo. Também estão incluídos os recursos de compartilhamento e de mensagem de voz.
Google Calendar - uma agenda online que possibilita a organização de compromissos - eventos, reuniões, etc. Permite publicar agendas e eventos na internet, inclusive de maneira compartilhada com outros usuários.
Galeria de Soluções - Catálogo de aplicações, gratuitas ou não, à disposição dos usuários, integrando-as ao ambiente educacional da Google (Google Apps Education Edition), que reúne todo o conjunto de ferramentas acima descritas.

Itinerário crítico do Jornalismo: impasses e paradoxos – Convergência, diversidade, globalização
tema da conferencia de abertura do
professor José Marques de Melo
11º Congresso Estadual dos Jornalistas do Espírito Santo
de 5 a 7 de junho de 2009
Prof. José Marques de Melo também lança seu livro Vestígios da travessia, da imprensa à internet – 50 anos de Jornalismo (Editora Paulus).
O congresso vai discutir as transformações na elaboração dos produtos jornalísticos, seus diferentes formatos e meios tecnológicos.

Posted by admin 29 de mai. de 2009 0 comments

Convites (redação Cultmidia)

Filmes de Quintal
Inscrições Abertas
Informações clique aqui.

10º Forum Brasil
3 a 5 de junho 2009
Informações clique aqui.

HABERMAS & IL GATTOPARDO

Posted by admin 28 de mai. de 2009 0 comments








A Apresentação do dia 26/05/2009 já está disponível para download no SCRIBD. Para ler ou baixar o documento (ppt) clique aqui.














Texto Referênc
ia: Modernidade versus Pós-Modernidade
Livro Referência: Compreender HABERMAS de Walter Reese-Schäffer
Autor: Jürgen Habermas
Para baixar o documento na internet clique aqui.
Obra Complementar: Il Gatopardo (filme)
Diretor: Luchino Visconti
Integrantes do grupo:
Anna Karinna, Regina Cunha, Keulen Oliveira, Cristiane Clébia, Cecília Medeiros

Fonte Meio e Mensagem BBC Brasil

O veículo conhecido como A Voz do Papa veicula,
a partir de 6 de julho, publicidade pela primeira vez em seus 78 anos de história,
com aval do chefe da igreja católica

Atualmente, as operações da rádio - que transmite em 47 línguas, inclusive o português - custam R$ 60,7 milhões por ano. O primeiro comercial já escolhido para ser transmitido pela rádio foi da multinacional italiana do setor elétrico ENEL. A Rádio Vaticano espera atrair outros anunciantes de todo o mundo. A estação, conhecida como a Voz do Papa, transmite para o mundo todo em ondas curtas, médias e longas, em FM na cidade de Roma e também pela internet.



http://www.youtube.com/watch?v=vbaTgTEf8aM

Fonte Meio e Mensagem

O 360° Digital Influence é voltado para o desenvolvimento de estratégias de monitoramento de marcas e engajamento de pessoas na internet

A OgilvyPR, unidade de relações públicas do Grupo Ogilvy, apresentou nesta quarta-feira, 27, em São Paulo, seu novo serviço para a área digital. Batizada de 360° Digital Influence, a disciplina é voltada para o desenvolvimento de estratégias de monitoramento de marcas e engajamento de pessoas na internet.

"Podemos identificar as pessoas e classificar os graus de influência, afiliação e relevância delas em suas redes de relacionamentos", explicou John Bell, diretor executivo de criação da Ogilvy e líder mundial da 360° Digital Influence. Para Bell, o engajamento de pessoas é "a nova criatividade, a nova grande idéia" da publicidade. "Não estamos mais baseando nosso trabalho em pesquisas sobre o que os consumidores pensam. Nós estamos efetivamente escutando o que os consumidores têm a dizer", afirmou.

O planejamento e a execução do 360° Digital Influence é feito em sinergia com a OgilvyInteractive, unidade do grupo para internet e comunicação digital. Um encontro com 120 blogueiras em 29 de abril - dia que ficou instituído como a data do combate ao câncer de mama - foi o primeiro case da OgilvyPR para o novo serviço. O objetivo era conseguir o engajamento de outras pessoas para a causa.

Fonte: TV Brasil

TV BRASIL
Comentário Geral
Programa Dia da Imprensa
Hoje, 28/5/2008 23 horas
Tema segundo TV Brasil: Entrevistas com intelectuais ligados ao veículo que vem movimentando a difusão da informação durante dois séculos, a despeito das novas tecnologias.

Para sintonizar na TV clique aqui. (http://www.tvbrasil.org.br/flash/comosintonizar.swf)
Para assistir ao vivo pela internet clique aqui. (http://www.tvbrasil.org.br/online/)

BARBERO & BEIJING

Posted by admin 27 de mai. de 2009 1 comments

Apresentação 16/06/2009 (*)

Livro Referência: Dos Meios às Mediações: comunicação, cultura e hegemonia
Autor: J
esus Martin-Barbero
Editora UFRJ

Citação do livro na internet cliq
ue aqui
Obra Complementar: Amor a Flor da Pele (filme)
Titulo Or
iginal: In the Mood for Love or Beijing Summer
Diretor: Wong Kar Wa
Integrantes do grupo:
Alda Macedo, K
arina de Oliveira, Zelda Caldas, Raimunda Valquíria, Jean Penha





(*) Esta apresentação foi postergada de 12/5 para 16/6 em virtude da necessidade de um tempo maior para preparação do seminário pelos integrantes do grupo.




A apresentação do Iano e da Luciane, feita no dia 2 de junho de 2009, já está disponível no Scribd. Para baixar o documento clique aqui.
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Estudos sobre cultura: uma alternativa latino americana aos cultural studies
Entrevista com Nestor Garcia Canclini onde ele aponta a inclusão dos processos socioeconômicos no campo que prefere chamar de “estudos sobre cultura”, como necessária remodelação aos cultural studies, mantendo seu protocolo básico mas evitando uma “hiper-textualização com pouca análise de contexto” que ele reconhece sobretudo na vertente norte-americana dos estudos culturais. Para baixar a entrevista (PDF) clique aqui.
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Convidado pelo programa Fórum da Fundação Telefônica [Argentina], de incentivo à pesquisa e à geração de conhecimento sobre a sociedade da informação, o renomado antropólogo Néstor García Canclini esteve em Buenos Aires para apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. O objetivo foi analisar de forma interdisciplinar o impacto das mudanças tecnológicas na cultura e nas relações sociais. Em conversa com a Educared, Canclini falou sobre as novas formas de estrangeiridade geradas na cultura pela “migração do analógico para o digital”, a reconfiguração do conhecimento promovida pelos chamados nativos digitais e ao conjunto do sistema educacional com a mudança sociocultural. Para ver a entrevista na íntegra clique aqui.



Livro Referência: Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade
Autor: Nestor Garcia Canclini
Editora: EDUSP
Obra Complementar: Amélia (filme brasileiro)
Diretora: Ana Soares
Integrantes do grupo:
Luciane Agnez, Iano Flávio Maia




Acontece

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Convites recebidos (da redação Cultmidia)
Alzeny Nelo Ano Internacional da França Clássicos Música Francesa
3/6/2009 TAM Natal e 4/6/2009 Teatro Dix-Huit Mossoró

Dia Internacional Forças Paz ONU e Aniversário Missão ONU Estabilização Haiti
1/6/2009 Maison France RJ

Cine Festival de Triunfo
Cinema Sobe a Serra
2 a 7/8/2009 Triunfo, PE

Atualização em 11/Junho/2009

Fotos Apresentação Seminário Adorno & Bovary - 9 de junho de 2009



Para ver e baixar a apresentação do Seminário (ppt) clique aqui.

Apresentação 09/06/2009
Livro Referência: A Indústria Cultural
clique aqui para ler na Internet
Atenção: texto disponível para cópia no Setor V (Rakel)
Autor: Theodor Adorno
Obra Complementar: Madame Bovary
Para ler o livro ou fazer download clique aqui.
Para ver o filme ou fazer download clique aqui.
Autor do livro: Gustave Flaubert
Diretor do filme:
Tim Fywell
Integrantes do grup
o:
Rakel de Castro, Ronaldo Neves, Zoraia Assunção, Akynara Aglaé, Edlene Nascimento

Fonte: MEC

As universidades públicas, federais e estaduais, e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, com cursos superiores, terão no período 2009/2010 R$ 19,2 milhões para investir na criação e desenvolvimento de programas e projetos de extensão universitária. Os recursos provêm dos orçamentos dos ministérios da Educação, da Cultura, do Trabalho e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

As inscrições ao Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext) poderão ser feitas a partir da publicação do edital no Diário Oficial da União até 3 de julho. O Proext 2009 tem quatro linhas de ação e os recursos também estão divididos em quatro áreas: educação, desenvolvimento social e saúde terá R$ 12,2 milhões; gestão cultural, economia da cultura e desenvolvimento das linguagens artísticas, R$ 3 milhões; preservação do patrimônio cultural brasileiro, R$ 1 milhão; trabalho, emprego, incubação de empreendimentos econômicos solidários, R$ 3 milhões.
Os recursos do Proext se destinam a melhorar as condições de gestão das atividades acadêmicas de extensão das instituições de educação superior públicas e estimular o desenvolvimento social e o espírito crítico dos estudantes. O limite de recursos para os programas é de R$ 100 mil e para os projetos, R$ 30 mil. A execução deve acontecer num prazo de até 15 meses, tendo como limite 31 de dezembro de 2010.
Aluno estrangeiro – As instituições federais de educação superior que participam do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação têm prazo até 26 de junho para enviar ao Ministério da Educação as inscrições dos estudantes estrangeiros candidatos ao Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes). O projeto oferece assistência financeira de um salário mínimo mensal, durante 12 meses, a alunos matriculados em universidades federais, provenientes de países da África e da América Latina.

Fonte: Sérgio Rodrigo Reis EM Cultura
A sociedade brasileira, da forma como está escrito na lei do direito autoral em vigor no país, encontra-se ilícita. E quase ninguém escapa. Ao realizar a cópia de um livro, filme, jogo ou transferir uma música de um CD para o aparelho MP3, o usuário vai direto para o terreno da ilegalidade. Como a grande maioria das pessoas comete esses atos sem a menor preocupação ou dor de consciência, o Ministério da Cultura (Minc) resolveu inverter a questão, colocar o dedo na ferida histórica. Depois da realização de diversos seminários, lançamento de cartilha educativa e de transformar o Conselho de Direito Autoral numa diretoria, a fase agora é de análise das propostas. Elas deverão ser transformadas num projeto de modificação da legislação atual, de modo a torná-la mais eficiente. O debate não é novo, surgiu quando o então ministro Gilberto Gil disponibilizou parte das suas canções gratuitamente para download na internet, há sete anos, recebendo críticas de todos os lados.
NOVA LEI
Pontos polêmicos:
• Vai permitir a cópia privada de criações como música, filmes e livros, desde que não cause prejuízo ao titular do direito autoral.
• No corpo da nova lei, haverá instrumentos jurídicos para revisão contratual, com objetivo de melhorar a questão para os autores.
• Deseja criar uma instância administrativa, nos moldes do extinto Conselho Nacional de Direito Autoral, para acelerar a resolução de pontos divergentes, antes de a decisão chegar à Justiça.
• Pretende liberar reproduções de cópias de obras raras de bibliotecas e arquivos para fins de preservação.
• O conteúdo completo da cartilha dos direitos autorais está no site www.cultura.gov.br. Para ler a reportagem na íntegra clique aqui.

Fonte: Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro

O Superior Tribunal de Justiça negou recurso impetrado pela Bandeirantes que pedia o não pagamento da contribuição de 2,5% do seu faturamento ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), pelos direitos autorais de obras musicais. Como o pagamento não é efetuado desde 1999, o montante corresponde a aproximadamente R$ 70 milhões.

A advogada do Ecad Alessandra Vitorino informa que, apesar de, em tese, existir a possibilidade de novo recurso, a decisão tomada pelo ministro Sidney Beneti pacifica o mérito da questão, o que praticamente suprime a possibilidade de mudanças no entendimento.

Desde 1999 as emissoras brasileiras questionam a fixação do valor de 2,5% sobre a arrecadação bruta das empresas para o pagamento de direitos autorais. Para o STJ, cabe ao Ecad a fixação do percentual.

“O importante é que o STJ pacificou o entendimento do mérito. Eu acredito que seja uma questão de tempo para regularizar a situação com as outras emissoras”, diz Alessandra.

Recentemente, o Ecad também venceu processo contra a extinta TV Manchete, com valor aproximado de R$ 56 milhões. A Rede Globo, que iniciou a onda de questionamentos, deposita o valor em juízo, mas de acordo com o Ecad, abaixo dos 2,5% estipulados. O SBT também deposita em juízo, assim como a Rede TV!. Contudo, esta deixou de realizar os pagamentos.

A assessoria da Bandeirantes informa que irá se manifestar apenas após o fim dos recursos.


Diário Oficial da União desta terça (26/05/2009) publica portaria que define integrantes da comissão organizadora da Conferência Nacional de Comunicação que acontece de 1 a 3 de dezembro de 2009. A reunião inaugural está marcada para 1º de junho no Ministério das Comunicações, às 11h, em Brasília, DF. Com o tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”, a Conferência Nacional de Comunicação terá, antes da etapa nacional, prévias municipais e estaduais em todo o país.

Cabe à comissão organizadora elaborar o regimento interno da conferência, que vai dispor sobre a organização e o funcionamento, inclusive sobre o processo democrático de escolha dos delegados. Para cada integrante da comissão, dois suplentes foram indicados. Para ver a lista com o nome de todos os integrantes da comissão organizadora clique aqui.

duas oportunidades

Posted by admin 26 de mai. de 2009 0 comments






Fonte Intercom

A primeira oportunidade é para quem é sócio regular da INTERCOM e ensina, pesquisa ou analisa jornalismo. O evento é o terceiro Seminário Temático Globo/Intercom, de 1º a 4 de julho de 2009, no Rio de Janeiro. Quem for selecionado recebe passagem, hospedagem e alimentação. A INTERCOM fornecerá Certificado de Estudos Avançados aos participantes que encaminharem, no prazo de 60 dias posteriores ao evento, artigo sobre “Telejornalismo no Brasil”, descrevendo e analisando a produção do telejornalismo regional/local. Informações e inscrições: Intercom - Estação Brigadeiro / Jovina Fonseca - Assistente Editorial E-mail: bibliocom@intercom.org.br / Tel/Fax: (11) 3892-7558. Para ler a notícia completa clique aqui INTERCOM.

Fonte INTERCOM
A segunda oportunidade é o programa Estagiar que faz parte do Projeto Globo Universidade, um projeto de comunicação e integração da TV Globo com Universidades, que promove uma troca permanente de idéias, tecnologias e, principalmente, contribui com a geração de conhecimento sobre televisão no país. Formandos de Dezembro/2009 ou Julho/2010: Administração, Análise de Sistemas, Arquitetura, Artes Plásticas, Ciência da Computação, Ciências Contábeis, Ciências Sociais, Comunicação Social (Radialismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas), Comunicação Visual, Desenho Industrial, Design Gráfico, Economia, Engenharia de Computação, Engenharia Civil, Engenharia Eletrônica, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, História, Informática, Marketing, Mídias Digitais, Propaganda e Marketing, Relações Internacionais e Sistemas da Informação. Formandos em Dezembro/2009: Curso: Comunicação Social (Jornalismo). Mais informações clique aqui.


(Esta nota é especial para o Iano que adora ler livros na Internet como eu)

Fonte EducaRede

O livro Para entender a Internet - Noções, práticas e desafios da comunicação em rede já está disponível na internet para ser baixado e lido (de graça). O ambiente escolhido para o evento não foi nenhuma livraria ou qualquer outro espaço físico, mas a rede mundial de computadores, mais especificamente o Twitter (microblog), o que corroborou com
o conceito da publicação, programada para ser 100% web, desde a sua concepção até a distribuição para a sociedade.

Formatado para atender a um público com pouca familiaridade com a Internet, o livro é uma coletânea da qual participam 38 autores, todos protagonistas em seus campos de atuação no ambiente web, como, por exemplo, Edney Souza, um dos blogueiros mais conhecidos do Brasil e que escreve sobre blog; Soninha Francine, vereadora, atual sub-p
refeita em São Paulo, que fala sobre internet e lei eleitoral; Sérgio Amadeu, ativista combativo do software livre, que esclarece dúvidas sobre pirataria online e Ronaldo Lemos, um dos ativistas brasileiros mais conhecidos e respeitados internacionalmente, que explica o que é o Creative Commons, entre outros.

Caso você queira dar o livro para alguém, não será necessário comprá-lo e embrulhá-lo para presente. Para facilitar a divulgação da obra, o arquivo com menos de 1000k, o que significa dizer que cabe em uma mensagem de email, está disponível para download gratuito. Para acessar a obra clique aqui. Depois é só repassá-la à sua rede social.

Textos e Artigos Fonte: Acervo Educared Argentina


ENTREVISTA Néstor García Canclini

Convidado pelo programa Fórum da Fundação Telefônica [Argentina], de incentivo à pesquisa e à geração de conhecimento sobre a sociedade da informação, o renomado antropólogo Néstor García Canclini esteve em Buenos Aires para apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. O objetivo foi analisar de forma interdisciplinar o impacto das mudanças tecnológicas na cultura e nas relações sociais. Em conversa com a Educared, Canclini falou sobre as novas formas de estrangeiridade geradas na cultura pela “migração do analógico para o digital”, a reconfiguração do conhecimento promovida pelos chamados nativos digitais e ao conjunto do sistema educacional com a mudança sociocultural.

EducaRed: O senhor está em Buenos Aires para participar de um seminário interdisciplinar e apresentar o projeto “Estrangeiros da Tecnologia e da Cultura”. De que trata essa pesquisa?

Néstor García Canclini: É um projeto de pesquisa promovido pelo Espaço Fundação Telefônica [Argentina] sobre estrangeiros e tecnologia na cultura. Surgiu como pesquisa internacional sediada na Argentina, para explorar as formas ainda pouco estudadas das estrangeiridades. A noção de estrangeiro tem sido abordada pelas Ciências Sociais e pela Literatura. Há também uma produção artística significativa que parece tratar melhor dos conceitos de viagem, migração e estrangeiridades. Mas quase sempre essa noção se refere ao deslocamento de um país para outro e ao trânsito pelas fronteiras, o que traz discriminação ou conflitos entre culturas em decorrência das mudanças geográficas de populações. Este conjunto de trabalhos tem dado conta do impacto histórico das migrações, dos deslocamentos humanos. No entanto, ao estudarmos esses materiais, notamos que apenas 3% da população mundial vive fora de seus países de origem, ainda que em algumas regiões haja índices migratórios muito altos, como é o caso do México, Equador ou República Dominicana. Nestes países, sobretudo, nos últimos 15 anos, de 10% a 15% da população vive em outras regiões devido a diferentes motivações. Os turistas são um pouco mais numerosos, mas não superam 15% da população mundial. Passamos a questionar, então, a que se deve este grande número de pesquisas sobre viagens e migrações no atual contexto. É preciso relembrar que, de 1850 a 1930, cerca de 50 milhões de pessoas migraram para a América. No entanto, esses deslocamentos se davam por razões bastante diferentes das atuais: eram migrações definitivas. Atualmente, porém, as viagens são de ida-e-volta entre países com certa proximidade. Por outro lado, as comunicações eletrônicas, o telefone e a Internet criam correntes de comunicação muito fluidas.

ED: O desenvolvimento tecnológico confere novos significados ao conceito de estrangeiridade?

NGC: Achamos que existem outras formas de estrangeiridade no mundo contemporâneo. Foi a partir daí que começamos a pensar não só nas formas de estranhamento diante do outro, que se dão quando emigrantes chegam ao nosso país, mas também naquelas que são produzidas quando há rupturas em nossa própria sociedade. Uma das chaves para se perceber isto é o que a comunicação chama de “migração do analógico para o digital”, ou seja, a experiência de estranhamento que nós, adultos, sentimos diante de um jovem nativo das novas tecnologias. Os jovens lidam muito bem com elas, enquanto os adultos, aos 40, 50 ou 60 anos, ao usar o computador e a Internet, sentem que têm que aprender um novo idioma; nós nunca estamos convencidos de que falamos este novo idioma bem o suficiente, e é preciso chamar um jovem para que nos ajude. Há uma mudança de hierarquia do conhecimento quanto ao acesso à informação, e comprovamos algumas vezes que jovens que se sentem nativos das novas tecnologias modificam as tradicionais hierarquias sociais de idade e, às vezes, as hierarquias estabelecidas no plano da educação e do socioeconômico. A partir desta abordagem começamos a pensar em outras formas de estranhamento. O que acontece, por exemplo, aos nativos que se vêem como estrangeiros no próprio país, que se sentem deslocados/desconfortáveis, exilados dentro de sua própria sociedade, “traídos” como se começou a dizer no período das ditaduras, das perseguições internas. Aqueles que saíram do país e, ao regressarem, sentem-se deslocados com relação a seu povo e seus hábitos. Acontecem outras formas de estrangeiridade, como no acesso a redes estratégicas de informação; alguns têm mais acesso a formas mais avançadas de conhecimento que outros, e tais assimetrias criam estrangeiros dentro da mesma sociedade. Ou ainda, há aqueles que não se sentem incluídos nas classificações legítimas da sociedade: é possível ser estrangeiro por opção de gênero, de religião. Mas o que estamos percebendo é que há uma organização das formas de inclusão e de estrangeiridade na sociedade contemporânea que pode adquirir muitas roupagens e que nos permite trabalhar a noção de “estrangeiro” também no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e de outras mudanças socioculturais.

Em determinado momento importante da pesquisa, tivemos uma oficina de elaboração do tema com base na metodologia das Ciências Sociais: Alejandro Grimson, antropólogo; Luis A. Quevedo, sociólogo da comunicação; Graciela Speranza, especialista em Literatura e Arte; Rosalía Winocur, mexicana especialista no uso da Internet entre os jovens; Jorge La Ferla, que trabalha com audiovisual e dirige o Festival Independente de Vídeo de Buenos Aires; Andrea Giunta, especialista e crítica de Arte; José Luis Brea, renomado especialista espanhol em História da Arte e crítica, também curador; e Carlos Amorales, que é artista visual. Elaboramos esse encontro buscando aproximar Arte, Tecnologia e Ciências Sociais, e tentando construir um objeto de estudo das estrangeiridades metafóricas, que são muitas vezes territoriais e que implicam novas formas de discriminação, segregação, organização da idéia de pertencimento e de exclusão nas sociedades atuais.

ER: O grupo se propõe a estudar dois tipos de estrangeiridade: aquela gerada pelas mudanças tecnológicas e a relacionado à cultura. Como se pode estabelecer o limite entre o tecnológico e o cultural?

NGC: Há alguns tipos de estrangeiridades estritamente culturais, como no caso do imigrante que volta a viver em seu país e percebe, por exemplo, como estão mudadas as leis e a dinâmica econômica. Em outros casos, percebemos que houve interação. A inclusão do uso dos celulares produziu uma reconfiguração das relações familiares. Hoje, por exemplo, o uso do celular possibilitou uma grande desenvoltura na relação entre os jovens e seus amigos, o que até então os pais desconheciam. São outros tipos de diálogo e outra linguagem: é a chamada “geração txt”. Isso acaba gerando uma autonomia ao adolescente muito mais cedo.

ER: Como se pode trabalhar a partir do sistema educativo para reduzir as distâncias (e as novas estrangeiridades) produzidas pelas diferenças de acesso às tecnologias?

NGC: Estes novos abismos criados dentro de uma mesma sociedade exigem uma reformulação do sistema educativo e de todas as formas de difusão da cultura. Na América Latina há uma grande resistência nas escolas para incorporar as novas tecnologias e também a indústria cultural de forma geral. Ainda existem educadores pensando que a televisão é a grande inimiga da escola. E durante décadas esse pensamento tem produzido uma nova geração que se socializa de uma forma na escola e de outra em casa, com os amigos. As novas tecnologias passaram por várias etapas. A primeira delas foi levar computadores para todas as escolas, e não deu certo; em função disso, a etapa seguinte foi formar os educadores para as novas tecnologias. Muitos jovens se acostumaram a ler e escrever nos monitores dos computadores e quando não encontravam computadores disponíveis nas bibliotecas, estabelecia-se um distanciamento dos jovens. Não se trata de dizer que hoje não se lê mais, mas é que se lê de outra forma. É por isso que as escolas devem reformular suas estratégias.

ER: Ainda que as escolas não dêem o suporte necessário, hoje os adolescentes têm acesso à tecnologia em outros espaços. Qual é a contribuição específica que a escola pode dar em relação ao uso das TICs?

NGC: A socialização das novas tecnologias se dá em diferentes pontos. Em uma pesquisa que fizemos no México, em 2005, sobre hábitos culturais da juventude, constatamos que não chegava a 30% o número de jovens que possuíam computador em suas casas, mas chegava a 70% os jovens com acesso à Internet em cibercafés. Possuir o computador em casa não é indicador de difusão e mudança de comportamento. No entanto, a produção de conhecimento não acompanha a velocidade da informação. Não se pode superestimar a imensidão de informação que a Internet proporciona, já que muitas vezes ela é caótica. Na verdade, o trabalho da escola é oferecer novas oportunidades para essa conceituação.

ER: Em um contexto de produção coletiva e multicentralizada como é hoje a Web 2.0, de que maneira se pode validar a produção do conhecimento?

NGC: Depende de que tipo de conhecimento estamos falando. No âmbito científico há formas digitais muito avançadas de validação. Em outros âmbitos são mais polêmicas, há muitos critérios. No caso da informação jornalística, a Internet trouxe a possibilidade de um controle maior sobre as informações geradas pelos grandes meios e, sobretudo, tornou possível uma multiplicidade de perspectivas diante de um mesmo assunto ou notícia.

ER: Entre os jovens quais são as mudanças que se anunciam na cultura juvenil trazidas pela exposição às novas tecnologias? É possível pensar essas mudanças em perspectiva?

NGC: Anuncia-se claramente uma reestruturação das redes sociais e culturais. Surgem novas formas de privacidade, interdependência. É um campo de estudos muito recente. Há várias televisores nas casas. Quase não se assiste à televisão em família. A exposição às tecnologias promove ao mesmo tempo uma maior valorização da autonomia em idades menos avançadas e um maior desenvolvimento de redes entre iguais ou semelhantes. É um hábito recente que se começa a estudar. De qualquer maneira, a velocidade das mudanças é espantosa. É difícil prever as mudanças em curso. É por isso que a pesquisa é reorientada a todo o momento. Podemos constatar e estudar os novos comportamentos, mas não é possível antecipar ou prever os impactos que eles terão no futuro.
Trad.(portugues) Gissela Mate

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Comunicación, poder y contrapoder en la sociedad red. Los medios y la política
Manuel Castells


¿Cuál es la influencia actual de los medios de comunicación en la opinión pública? ¿Qué impacto tienen Internet y la web 2.0 en la política hoy en día? Manuel Castells analiza estas y otras importantes cuestiones en este interesante artículo.


El poder y la política se deciden en el proceso de construcción de la mente humana a través de la comunicación. En nuestro tipo de sociedad, los medios de comunicación de masas son decisivos en la formación de la opinión pública que condiciona la decisión política. La política es sobre todo política mediática, lo cual tiene consecuencias importantes sobre la política misma, ya que conduce a su personalización y a la política del escándalo. Ahora bien, la comunicación de masas está siendo transformada por la difusión de Internet y la Web 2.0, así como por la comunicación inalámbrica. La emergencia de la autocomunicación de masa desintermedia a los medios y abre el abanico de influencias en el campo de la comunicación, permitiendo una mayor intervención de los ciudadanos, lo cual ayuda a los movimientos sociales y a las políticas alternativas. Pero al mismo tiempo también las empresas, los gobiernos, los políticos intervienen en el espacio de internet. De ahí que las tendencias sociales contradictorias se expresan por uno y otro lado tanto en los medios de comunicación de masas como en los nuevos medios de comunicación. De esta forma, el poder se decide cada vez más en un espacio de comunicación multimodal. En nuestra sociedad, el poder es el poder de la comunicación[*].


El ejercicio del poder a través de la construcción de la opinión pública


A lo largo de la historia, la comunicación y la información han constituido fuentes fundamentales de poder y contrapoder, de dominación y de cambio social. Esto se debe a que la batalla más importante que hoy se libra en la sociedad es la batalla por la opinión pública. La forma en que la gente piensa determina el destino de las normas y valores sobre los que se construyen las sociedades. Aunque la coerción y el miedo son fuentes decisivas para que los dominantes impongan su voluntad a los dominados, pocos sistemas institucionales pueden durar demasiado si se basan de forma preponderante en una represión aguda. Torturar cuerpos es menos efectivo que modelar mentes. Si la mayoría de la gente piensa de forma contradictoria respecto a los valores y normas institucionalizados en el estado y consagrados a través de leyes y normas, al final el sistema cambiará, aunque no necesariamente para colmar las esperanzas de los agentes del cambio social. Pero el cambio llegará. Tan sólo tardará un poco y será a costa de sufrimiento, mucho sufrimiento.


Como la comunicación, y en especial la comunicación socializada, la que existe en el ámbito público, ofrece el apoyo para la producción social del significado, la batalla de la opinión de las personas se juega en gran parte en los procesos de comunicación. Y esto es aún más aplicable a la sociedad en red, que se caracteriza por la omnipresencia de redes de comunicación en un hipertexto multimodal. En efecto, la actual transformación de la tecnología de la comunicación en la era digital amplía el alcance de los medios de comunicación a todas las esferas de la vida social en una red que es a un tiempo global y local, genérica y personalizada según un patrón siempre cambiante. Como resultado, las relaciones de poder, es decir, las relaciones que constituyen los fundamentos de toda sociedad, además de los procesos que desafían las relaciones de poder institucionalizadas, se determinan y deciden cada vez más en el campo de la comunicación.


Entiendo el poder como la capacidad estructural del actor social para imponer su voluntad sobre otro(s) actor(es) social(es). Todos los sistemas institucionales reflejan relaciones de poder, además de los límites a estas relaciones de poder tal y como han sido negociadas por parte de un proceso histórico de dominación y contra dominación. Así, también analizaré el proceso de formación de un contrapoder, que a mi entender es la capacidad de un actor social de resistirse y desafiar a las relaciones de poder institucionalizadas.


Efectivamente, las relaciones de poder son por naturaleza conflictivas, del mismo modo que las sociedades son diversas y contradictorias. Por lo tanto, la relación entre tecnología, comunicación y poder refleja valores e intereses opuestos, y afecta a una pluralidad de actores sociales en conflicto.



Tanto los periódicos todopoderosos como los sujetos de los proyectos del contrapoder funcionan en la actualidad dentro de una nueva estructura tecnológica: y esto tiene consecuencias en las formas, medios y metas de su conflictiva práctica. En este artículo presentaré algunas hipótesis sobre la transformación de esta relación, como un resultado de diversas tendencias que se relacionan entre sí, aunque son independientes:


* el papel predominante de la política mediática y su interacción con la crisis de la legitimidad política en la mayoría de los países del mundo;
* el papel clave de los medios de comunicación segmentados, personalizados en la producción de la cultura;
* el surgimiento de una nueva forma de comunicación relativa a la cultura y la tecnología de la sociedad en red, y basada en las redes de comunicación horizontales: lo que yo llamo autocomunicación de masa;
* y los usos tanto de los medios de comunicación de masas unidireccionales como la autocomunicación de masa en la relación entre el poder y el contrapoder, en la política formal, en la política insurgente y en las nuevas manifestaciones de los movimientos sociales.


Hay que entender esta transformación entre comunicación y poder situada en un contexto social caracterizado por varias tendencias importantes:


a) El Estado, tradicionalmente el principal centro de poder, está siendo desafiado en todo el mundo por:


* la globalización que limita su toma de decisiones soberana,
* las presiones del mercado hacia la desregulación que disminuyen su capacidad de intervención, y
* una crisis de la legitimidad política que debilita su influencia sobre sus ciudadanos (Bec, 2006; Castells, 2005, y Held & McGrew, 2007).


b) Las industrias culturales y los medios corporativos se caracterizan al mismo tiempo por la concentración empresarial y la segmentación del mercado, dirigiéndose hacia una competición oligopolista extrema, a una distribución personalizada de mensajes y al establecimiento de redes verticales de la industria multimedia (Crouteau & Hoynes, 2006; Hesmondhalgh, 2007;y Klinenberg, 2007).


c) La oposición mundial entre lo individual y lo comunitario define la cultura de las sociedades al tiempo que la construcción de la identidad funciona con materiales heredados de la historia y la geografía, y de los proyectos de los seres humanos. La cultura de lo comunitario tiene sus raíces en la religión, la nación, la territorialidad, la etnia, el género y el entorno (Castells, 2004; y Ong, 2006). La cultura del individualismo se extiende de formas diferentes: (Barber, en preparación; Touraine, 2006; y Wellman & Haythornwaite, 2002).


* como consumismo dirigido por el mercado,
* como nuevo patrón de sociabilidad basado en el individualismo estructurado en redes, y
* como el deseo de autonomía individual basada en proyectos vitales autodefinidos.


A pesar de esta evolución social compleja y multidimensional, el proceso decisivo que da forma a la sociedad, tanto a nivel individual como colectivo, es la dinámica de las relaciones de poder. Y las relaciones de poder, en nuestro contexto social y tecnológico, dependen en gran medida del proceso de comunicación socializada de formas que no voy a analizar secuencialmente.


Comunicación de masas y política mediática


La política se basa en la comunicación socializada, en la capacidad para influir en la opinión de las personas. El canal de comunicación más importante entre el sistema político y los ciudadanos es el sistema de los medios de comunicación de masas, siendo el primero de ellos la televisión. Hasta hace poco e incluso en la actualidad, los medios constituyen, en gran parte, un sistema articulado en el cual normalmente la prensa escrita produce una información original, la televisión la difunde a un gran público y la radio personaliza la interacción (Bennett, 2003). En nuestra sociedad, la política es básicamente política mediática. El funcionamiento del sistema político se representa para los medios de comunicación con el fin de obtener el apoyo, o al menos, la mínima hostilidad, de los ciudadanos que se convierten en consumidores en el mercado político[*].


Esto no significa, naturalmente, que el poder esté en manos de los medios[1]. Los actores políticos ejercen una considerable influencia sobre los medios . De hecho, el actual ciclo de noticias de 24 horas acrecienta la importancia de los políticos para los medios de comunicación, ya que éstos tienen que nutrirse incesantemente de contenidos.


Ni tampoco el público se limita a seguir lo que le dicen los medios. El concepto de público activo está ya bien establecido en la investigación sobre la comunicación. Y los medios cuentan con sus propios controles internos en términos de su capacidad para influir en el público, puesto que básicamente son una empresa y tienen que ganar audiencia; habitualmente son plurales y competitivos; tienen que mantener su credibilidad frente a sus competidores; y tienen ciertos límites internos para gestionar la información procedente de la profesionalidad de los periodistas[*]. Por otra parte, hay que recordar el actual aumento del periodismo ideológico militante en todos los países (un buen modelo empresarial realmente en EEUU, por ejemplo, las noticias de la Fox, o en España, El Mundo), además de la autonomía decreciente de los periodistas respecto a sus compañías y el entrelazamiento entre las corporaciones de medios de comunicación y los gobiernos[*].


La práctica de lo que Bennet (2003) ha denominado indexing, mediante la cual los periodistas y redactores limitan el abanico de opiniones y temas políticos sobre los que informan a los que se expresan dentro de la corriente dominante del sistema político, tiene un peso muy importante en el proceso informativo dirigido por los acontecimientos.


Sin embargo, la cuestión principal no es la modelación de la opinión través de mensajes explícitos en los medios de comunicación, sino la ausencia de un contenido determinado en los medios. Lo que no existe en los medios no existe en la opinión del público, aunque tenga una presencia fragmentada en las opiniones individuales[*]. Por lo tanto, un mensaje político es necesariamente un mensaje mediático. Y cuando un mensaje relacionado con la política se transmite a través de los medios, tiene que expresarse en el lenguaje específico de los medios. Esto significa, en muchos casos, lenguaje televisivo[2]. La necesidad de dar un formato al mensaje de acuerdo con una forma mediática tiene considerables repercusiones, como ya ha quedado establecido en la dilatada tradición investigadora sobre la comunicación[*]. Empíricamente hablando, no es del todo cierto que el medio sea el mensaje, pero desde luego tiene una influencia sustancial en la forma y efecto de éste.


En suma: los medios de comunicación de masas no son los depositarios del poder, pero en conjunto constituyen el espacio en el que se decide el poder. En nuestra sociedad, los políticos dependen de los medios de comunicación. El lenguaje de los medios tiene sus propias reglas. Se construye en gran medida en torno a imágenes, no necesariamente visuales, pero sí imágenes. El mensaje más poderoso es un mensaje sencillo adjunto a una imagen. En política, el mensaje más sencillo es un rostro humano. La política mediática tiende a la personalización de los políticos alrededor de dirigentes que puedan venderse adecuadamente en el mercado político. Esto no debería trivializarse como el color de la corbata o la apariencia de un rostro. Es la encarnación simbólica de un mensaje de confianza en el entorno de una persona, alrededor de su personaje y luego en términos de la proyección de la imagen de ese personaje[*].


La importancia de la política de la personalidad tiene relación con la evolución de la política electoral, normalmente determinada por votantes independientes o indecisos que hacen decantar la balanza, en todos los países, entre la derecha o el centro-derecha y el centro-izquierda. De aquí que, aunque existen diferencias sustanciales entre los partidos y los candidatos en la mayoría de los países, los programas y las promesas se confeccionan para adaptarse al centro y a los indecisos, con frecuencia a través de las mismas compañías publicitarias y consultores de marketing político que trabajan en las filas de partidos diferentes en años alternos (Farrell, Kolodny & Medvic, 2001; Jamieson, 1996;y Thurber & Nelson, 2000).


Sin embargo, más decisivos que las técnicas de marketing político y el diseño de los programas políticos son los valores asociados con y en los que se inspiran los diferentes candidatos. Como escribe George Lakoff, «Los temas son reales, como también los hechos en cuestión. Pero los temas también simbolizan los valores y la confianza. Las campañas efectivas tienen que comunicar los valores de los candidatos y utilizar los temas de forma simbólica, como indicadores de sus valores morales y de su honradez» (Lakoff, 2006, pág. 7). Los ciudadanos no leen los programas de los candidatos. Confían en la información de los medios sobre las posturas de los candidatos; y, finalmente, su decisión de voto está en función de la confianza que depositan en un candidato determinado. Por lo tanto, el personaje, tal y como ha quedado retratado en los medios, pasa a ser esencial; porque los valores -lo que más importa a la mayoría de la gente- están encarnados en la persona de los candidatos. Los políticos son los rostros de las políticas.


Si la credibilidad, la confianza y el personaje se convierten en cuestiones decisivas a la hora de decidir el resultado político, la destrucción de la credibilidad y el asesinato del personaje se convierten en las armas políticas más poderosas. Como todos los partidos recurren a ellas, todos necesitan hacer acopio de munición para la batalla. Como consecuencia, ha proliferado un mercado de intermediarios, que recaban información perjudicial sobre el oponente, manipulando la información o simplemente creando la información con ese fin. Además, la política mediática es cara y los medios legales de financiación de los partidos resultan insuficientes para costear toda la publicidad, los sondeos, las facturas telefónicas, los consultores, etc. Así, al margen de la moralidad de los políticos individuales, los agentes políticos están en venta para los miembros de los grupos de presión con diferentes grados de moralidad. Esto sucede incluso en los países europeos en los que los recursos financieros de los políticos son públicos y están regulados, ya que los partidos encuentran la forma de soslayar los controles mediante aportaciones de donantes anónimos. Estos fondos se utilizan para formas discretas de campaña electoral, tales como pagar a los informadores y a los productores de la información. Así que, la mayoría de las veces, no es difícil encontrar material malicioso y perjudicial para la mayoría de los partidos y candidatos. Teniendo en cuenta que es raro tener una vida personal intachable y dada la tendencia de muchas personas, sobre todo hombres, a la fanfarronería y la indiscreción, los pecados personales y la corrupción política componen un poderoso brebaje de intrigas y cotilleos que se convierte en el pan de cada día de la política mediática. Por lo tanto, la política mediática y la política de la personalidad conducen a la política del escándalo, como ha sido analizada por estudiosos e investigadores, tales como Thompson (2000), Tumber y Waisboard (2004), Esser y Hartung (2004), Liebes y Blum-Kulka (2004), Lawrence y Bennett (2001), y Williams y Delli Carpini (2004), por mencionar a unos cuantos. A la política del escándalo se le atribuye la caída de un gran número de políticos, gobiernos e incluso regímenes de todo el mundo, como demuestra el informe global sobre la política de los escándalos y las crisis políticas recopiladas por Amelia Arsenault (en preparación).


Política mediática, política de los escándalos y crisis de la legitimidad política


Los escándalos políticos tienen dos clases de efectos sobre el sistema político. En primer lugar, pueden afectar al proceso de elección y a la toma de decisiones debilitando la credibilidad de aquellos sujetos afectados por el escándalo. Sin embargo, este tipo de efecto es de impacto variable. A veces, es la saturación de la opinión pública de una política corrupta la que provoca una reacción o la indiferencia entre el público. En otros casos, el público se vuelve tan cínico que sitúa a todos los políticos en un bajo nivel de apreciación, así que escoge entre todos los inmorales el tipo de inmoral que encuentre más afín o cercano a sus intereses. Lo que es más, la gente a veces considera la divulgación de un comportamiento inadecuado como un buen entretenimiento, aunque no extrae consecuencias políticas de él. Este parece ser el proceso que explica el alto nivel de popularidad de Clinton al final de su mandato presidencial, basado en su trayectoria política, a pesar de sus mentiras televisadas ante el país (Williams & Delli Carpini, 2004).


No obstante, un interesante estudio de Renshon (2002) indica que el efecto secundario de esta falta de moralidad tuvo como consecuencia el aporte adicional de votos en las elecciones del año 2000 a George W. Bush, el candidato que parecía tener, en esa época, más principios que la administración competente.


Hay un segundo tipo de efecto de los escándalos políticos, uno que puede tener consecuencias duraderas en el ejercicio de la democracia. Como todo el mundo hace algo mal y prevalecen las calumnias de forma generalizada, los ciudadanos acaban metiendo a todos los políticos en el mismo saco porque desconfían de las promesas electorales, los partidos y los dirigentes políticos[*]. La crisis de la legitimidad política en la mayor parte del mundo no puede ser atribuida exclusivamente, de ningún modo, a los escándalos políticos y a la política mediática. Sin embargo, es probable que los escándalos sean como mínimo un factor desencadenante del cambio político a corto plazo y del arraigo del escepticismo respecto a la política formal a largo plazo[*]. Da la sensación de que la situación de la política mediática estimula la incredulidad en el proceso democrático[3]. No hay que culpar de esto a los medios de comunicación, ya que de hecho los actores políticos y sus asesores son la mayoría de las veces las fuentes de las filtraciones y de la información perjudicial. De nuevo, los medios de comunicación conforman el espacio en el que se ejerce el poder, no la fuente que lo sostiene.


En todo caso, observamos una crisis generalizada de la legitimidad política en prácticamente todos los países, con la excepción parcial de Escandinavia. Dos tercios de los ciudadanos del mundo, según los sondeos realizados en 2000 y 2002 por el secretariado de las Naciones Unidas y por el Fórum Económico Mundial, creían que su país no estaba gobernado según la voluntad del pueblo, siendo el porcentaje correspondiente a EEUU del 59 por ciento y para la Unión Europea del 61 por ciento. En los últimos años, el Eurobarómetro, el estudio de la UNDP sobre la democracia en América Latina, el World Values Survey (Estudio sobre los valores en el mundo) y diversos sondeos de Gallup, el Field Institute y el Pew Institute de Estados Unidos, apuntan hacia un nivel significativo de desconfianza de los ciudadanos respecto a los políticos, los partidos políticos, los parlamentos y, en menor medida, los gobiernos[4].


Esto explica en parte la razón por la que en todo el mundo una mayoría de la población tiende a votar en contra más que a favor, eligiendo el menor de dos males: cambiar a un tercer partido o protestar contra candidatos que muchas veces son promocionados por una presencia colorista en los medios de comunicación, que constituye un buen material o digno de aparecer en las noticias, abriendo la puerta a la política demagógica[*]. Al mismo tiempo, la desconfianza en el sistema no iguala la despolitización[*]. Varios estudios, incluyendo el del World Values Survey, indican que muchos ciudadanos creen que pueden influir en el mundo con su movilización[*]. Sólo que no piensan que puedan hacerlo a través de la política, como es habitual. Así pues, en este punto del análisis, voy a plantearme un cambio de rumbo hacia el surgimiento de los procesos de contrapoder vinculados a los movimientos sociales y a la movilización social. Sin embargo, cualquier intervención política en el espacio público requiere la presencia en el espacio mediático. Y dado que el espacio mediático está determinado en gran parte por las empresas y los gobiernos que establecen los parámetros políticos en cuanto al sistema político formal, pese a su pluralidad, la aparición de políticos insurgentes no puede separarse del surgimiento de un nuevo tipo de espacio mediático: el espacio creado en torno al proceso de comunicación masiva individual.


La emergencia de la autocomunicación de masa


La difusión de Internet, la comunicación móvil, los medios digitales y una variedad de herramientas de software social han impulsado el desarrollo de redes horizontales de comunicación interactiva que conectan local y globalmente en un tiempo determinado. El sistema de comunicación de la sociedad industrial se centraba en los medios de comunicación de masas, caracterizados por la distribución masiva de un mensaje unidireccional de uno a muchos. La base de la comunicación de la sociedad red es la web global de redes de comunicación horizontal que incluyen el intercambio multimodal de mensajes interactivos de muchos a muchos, tanto sincrónicos como asincrónicos. Desde luego, Internet es una tecnología antigua, utilizada por primera vez en 1969. Pero no ha sido hasta la última década cuando se ha extendido por todo el mundo excediendo en la actualidad los mil millones de usuarios[*]. La comunicación móvil ha estallado superando la cifra de los dos mil millones de titulares de teléfonos móviles en 2006, en contraste con los 16 millones de 1991[*]. Así pues, incluso explicando la difusión diferencial en los países en vías de desarrollo y las regiones pobres, una proporción muy elevada de la población del planeta tiene acceso a la comunicación móvil, a veces en zonas donde no hay electricidad pero existe alguna forma de cobertura y cargadores móviles de baterías en talleres de bicicletas. Las redes wifi y wimax contribuyen a establecer las comunidades conectadas a la Red. Con la convergencia entre Internet y la comunicación móvil y la difusión gradual de la capacidad de la Banda Ancha, el poder comunicador de Internet está siendo distribuido en todos los ámbitos de la vida social, del mismo modo que la red de suministro eléctrico y el motor eléctrico distribuían energía en la sociedad industrial[*]. Con las nuevas formas de comunicación, la gente ha construido su propio sistema de comunicación masiva, vía SMS, blogs, vlogs, podcasts, wikis y otros por el estilo (De Rosnay & Failly, 2006; Gillmor, 2004; Drezner & Farrell, 2004; y Cerezo, 2006). Las redes de ficheros compartidos y P2P (peer-to-peer,"entre iguales") hacen posible la circulación y el reformateo de cualquier contenido formateado digitalmente. En octubre de 2006, Technorati rastreaba 57,3 millones de blogs, desde los 26 millones en enero. Por término medio, se crean 75.000 blogs nuevos cada día. Cada día se publican 1,2 millones de nuevos mensajes o alrededor de 50.000 actualizaciones de blogs cada hora. Muchos bloggers actualizan sus blogs de forma regular: contra lo que habitualmente se cree, el 55 por ciento de los bloggers todavía publican mensajes tres meses después de haber creado el blog[*]. Nuevamente, según Technorati, la blogosfera en 2006 era 60 veces más grande que en 2003, y se dobla cada seis meses. Es un espacio de comunicación multilingüe e internacional, donde el inglés, dominante en las primeras etapas del desarrollo de los blogs, justificaba en marzo de 2006 menos de un tercio de los mensajes en los blogs, representando el japonés el 37 por ciento de los blogs, seguido del inglés (31 por ciento) y el chino (15 por ciento). El español, el italiano, el ruso, el francés, el portugués, el holandés, el alemán y muy probablemente el coreano son las lenguas que siguen en número de mensajes (Sifry, 2006).


La mayoría de los blogs son de carácter personal. Según el Pew Internet & American Life Project, el 52 por ciento de los bloggers declaran escribir su blog principalmente para sí mismos, mientras que el 32 por ciento lo hace para un público[*]. Así, hasta cierto punto, una buena parte de esta forma de comunicación masiva individual está más próxima al "autismo electrónico" que a la comunicación real. Sin embargo, cualquier mensaje en Internet, al margen de la intención de su autor, se convierte en una botella navegando a la deriva en el océano de la comunicación global, un mensaje susceptible de ser recibido y reprocesado de formas inesperadas. Lo que es más, el RSS fomenta el consentimiento de la integración y la filtración de contenidos en todas partes. Cierta versión del Xanadu nelsoniano se ha constituido actualmente en la forma de un hipertexto multimodal global. Esto incluye: estaciones de radio FM de baja potencia; redes de televisión de calle; una eclosión de teléfonos móviles; la capacidad de producción y distribución de bajo coste de vídeo y audio digital; y los sistemas no lineales de edición de vídeo por ordenador que aprovechan la ventaja del menor coste del espacio de memoria. Los progresos clave son: la creciente difusión del IPTV, P2P video streaming, vlogs (un blog que incluye vídeo) y una oleada de programas sociales de software que han hecho posible el florecimiento de comunidades en línea y de MMOGs (Massively Multiplayer Online Games - Juegos Multijugadores Masivos en Línea). Existe un creciente uso de esas redes de comunicación horizontales en el campo de la comunicación de masas.


Desde luego, los principales medios de comunicación utilizan los blogs y las redes interactivas para distribuir sus contenidos e interactuar con su público, mezclando los modos de comunicación horizontal y vertical. Pero también hay abundantes ejemplos en los que los medios de comunicación tradicionales, como la televisión por cable, se nutren a través de producciones autónomas de contenidos que utilizan la capacidad digital para producir y distribuir. En EEUU, uno de los ejemplos más conocidos de este tipo es la Current TV de Al Gore, en la que el contenido originado por los usuarios y editado profesionalmente ya justifica alrededor de un tercio del contenido del canal[*]. Los medios de prensa por Internet, como Jibonet y Ohmy News en Corea o Vilaweb en Barcelona, se están convirtiendo en fuentes de información fiables e innovadoras a escala masiva[*]. Por tanto, la creciente interacción entre redes de comunicación horizontales y verticales no significa que los principales medios se estén apoderando de las nuevas formas autónomas de generación y distribución de contenidos. Significa que existe un proceso contradictorio que da origen a una nueva realidad mediática, cuyos contornos y efectos se decidirán finalmente por medio de una serie de luchas de poder políticas y empresariales, mientras los propietarios de las redes de telecomunicación se están posicionando ya para controlar el acceso y el tráfico en favor de sus socios y clientes preferidos.


El creciente interés de los medios de comunicación corporativos por las formas de comunicación a través de Internet es, en realidad, el reflejo del surgimiento de una nueva forma de comunicación socializada: la comunicación masiva individual. Es comunicación masiva porque alcanza potencialmente a un público global a través de redes de P2P y conexión a Internet. Es multimodal, ya que la digitalización del contenido y el avanzado software social, en muchas ocasiones basado en códigos libres que se pueden descargar de forma gratuita, permite el reformateo de casi todos los contenidos en prácticamente cualquier formato, que se distribuye mediante redes inalámbricas cada vez con mayor frecuencia. Y de contenido autogenerado, de emisión autodirigida y de recepción autoselectiva por medio de muchos que se comunican con muchos. En efecto, nos encontramos en un nuevo ámbito de comunicación y, en última instancia, en un nuevo medio, cuyo eje principal está compuesto por redes informáticas, cuyo lenguaje es digital y cuyos remitentes están distribuidos por todo el mundo y son globalmente interactivos. En verdad, el medio, incluso un medio tan revolucionario como este, no determina el contenido y el efecto de sus mensajes. Pero hace posible la diversidad ilimitada y el origen en gran medida autónomo de la mayoría de los flujos de comunicación que construyen y reconstruyen a cada segundo la producción global y local de significado en la opinión pública.


Referencias


[1] De esta manera, Hallin (1986), en su clásico estudio de la opinión pública respecto a la guerra de Vietnam, argumentó que la inmensa mayoría de los medios de comunicación norteamericanos carecieron en gran medida de sentido crítico respecto al esfuerzo bélico hasta después de producirse la Ofensiva del Tet de 1968 y que esto a su vez estaba «íntimamente relacionado con la unidad y la claridad del propio gobierno, además del grado de consenso de la sociedad en general» (pág. 213) En la misma línea, Mermin (1997) desmitifica la idea de que los medios de comunicación indujeran la decisión del gobierno estadounidense de intervenir en Somalia demostrando que, aunque los periodistas finalmente tomaron la decisión de cubrir la crisis, esa cobertura mediática clave en las cadenas de televisión se produjo después y no antes de que los directivos clave de Washington (pág. 392) prestaran atención al tema. Véase también Entman (2003), que ofrece pruebas de una teoría de "activación en cascada", en la cual las estructuras mediáticas activan las decisiones políticas de elite y viceversa.
[2] El Pew Research Center (2006a) documenta el hecho de que la televisión continúa siendo la fuente dominante de noticias en América. De hecho, el aumento del número de personas que se conecta a Internet en busca de noticias ha frenado considerablemente desde el año 2000. La investigación desarrollada en 2006 puso de manifiesto que el 57 por ciento había accedido a la televisión el día anterior (comparad o con el 56 por ciento en 2000 y el 60 por ciento en 2004) para ver las noticias por comparación con el 23 por ciento que había accedido a Internet (comparado con el 24 por ciento en 2004). Aun más, la gente no sólo tendía a acceder a la televisión con mayor frecuencia en busca de noticias e información, sino que pasaba más tiempo consumiéndolas.Tan sólo el 9 por ciento de los que accedían a las noticias a través de Internet pasaban media hora o más conectados mirando las noticias (Pew Research Center, 2006a, pág. 2). Naturalmente los nuevos patrones de consumo varían con la edad esta diferencia de comportamiento tiene importantes connotaciones en el papel de Internet respecto a la televisión en el futuro: el 30 por ciento de los jovenes entre 18-24 años lee regularmente las noticias en la Red (aumenta un uno por ciento desde 2000) comparado con el 42 por ciento de los jóvenes de 25-29 años (aumenta un 11 por ciento desde 2000), el 47 por ciento de los de 30-34 años (aumenta un 17 por ciento desde 2000), el 37 por ciento de los de 35-49 años (aumenta un 12 por ciento desde 2000) y el 31 por ciento de los de 50-64 (aumenta un 12 por ciento desde 2000) (Ibid.). Sin embargo, parece existir un mayor aumento entre la gente que accede a Internet en busca de las noticias durante las campañas electorales (pese a todo, alrededor de un 20 por ciento). Un estudio postelectoral de ámbito nacional elaborado por el Pew Internet & American Life Project muestra que la población estadounidense que consumió noticias políticas a través de la Red creció de forma dramática, del 18 por ciento en 2000 al 29 por ciento en 2004. También se produjo un espectacular aumento del número de personas que citaba Internet como una de sus fuentes más importantes de noticias durante la campaña presidencial: el 11 por ciento de los votantes registrados afirmó que Internet era una fuente esencial de noticias políticas en 2000 y el 18 por ciento en 2004 (Raine, Horrigan & Cornfield, 2005). Sin embargo, la televisión continúa siendo la fuente principal.
[3] Hay un desacuerdo sobre si los escándalos políticos influyen directamente en el comportamiento de los votantes. Sin embargo, en Estados Unidos, un estudio del Pew Research Center for the People and the Press, realizado en marzo de 2006, documentó el hecho de que las noticias sobre la corrupción influyen sobre el comportamiento de los votantes, aunque no necesariamente sobre su orientación política. El 69 por ciento de los que afirmaron seguir la cobertura mediática de la corrupción y el escándalo en el Congreso creía firmemente que la mayor parte de los miembros electos deberían ser votados en las elecciones de otoño de 2006, comparado con el 36 por ciento de aquellos que declararon seguir los medios muy poco o nada. Esta tendencia era más pronunciada en los votantes independientes (una fuerza decisiva en la política norteamericana): el 77 por ciento de los independientes que seguían de cerca los escándalos mediáticos pensaban que la mayoría del Congreso debería ser rechazada por votación en 2006 (Pew Center for the People and the Press, 2006b). Otros estudios han ilustrado que los escándalos políticos pueden relacionarse con la confianza en el sistema en conjunto, pero no con la forma en que los individuos votan a su representante particular. No obstante, está claro que los escándalos políticos han alterado tanto la forma como el método de las prácticas políticas y periodísticas (Tumber & Waisboard, 2004;Thompson, 2002; y Williams & Delli Carpini, 2004).
[4] Un sondeo GlobeScan encargado por el World Economic Forum (WEF) en 2005 revela niveles decrecientes de confianza en todos los países evaluados, salvo en Rusia, en una amplia variedad de instituciones (ONG, las Naciones Unidas, gobiernos nacionales, corporaciones mundiales y nacionales). Sólo en seis de los dieciséis países sobre los que había datos disponibles, los ciudadanos sentían más confianza que desconfianza hacia su gobierno nacional (GlobeScan/WEF 2006); según el sondeo de 2005 de Gallup International Voice of the People encargado también por el WEF, el 61 por ciento de la gente encuestada consideraba deshonestos a los políticos (Gallup/WEF, 2006); según el último sondeo del Eurobarómetro, tan sólo el 33 por ciento de los europeos encuestados confiaban en su gobierno nacional y el 39 por ciento confiaban en el parlamento (2006, pág. 25). Y la confianza en las instituciones de la Unión Europea continúa disminuyendo a todos los niveles (Eurobarómetro, 2006, pág. 72); según el Pew Research Center for the People and the Press, el 65 por ciento de los americanos dice confiar en el gobierno sólo a veces o nunca (2006b, pág. 11); el último Barómetro Latino muestra una ligera disminución en la confianza entre 2002-05. Sin embargo, hay una clara ruptura entre la confianza en las instituciones gubernamentales y la confianza en las elites. La confianza en el gobierno es generalmente más alta en conjunto, pero la confianza en las elites ha aumentado levemente, mientras que la confianza en el gobierno también ha bajado ligeramente. Por ejemplo, tras el escándalo Lula, la confianza en las instituciones gubernamentales descendió de un 20 por ciento a un 47 por ciento, pero conservó el apoyo de más de la mitad de la población (Latinobarometro, 2005, pág.10).Véanse también: Dalton (2004), Dalton (2005) e Ingleheart y Catterberg (2002) para un análisis de los datos del World Values Survey sobre los niveles de confianza en el gobierno.


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Autor: Manuel Castells. Universitat Oberta de Catalunya.


«Artículo publicado en la revista Telos nº 74. Enero-Marzo de 2008»

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