WIRELESS MUNDI | Nº5 | Set 2010
Conex@o Agov Uma parceria entre a Momento Editorial e o CPqD vai permitir a criação de um Ranking das Cidades Digitais no país. A iniciativa tem como objetivo estimular as melhores políticas públicas de oferta de serviços de governo eletrônico à população e de disseminação do acesso à internet, por meio de pontos de coletivo de acesso e formação dos usuários. Com a criação do ranking, a revista Wireless Mundi espera ajudar os gestores públicos a buscar modelos sustentáveis de cidades digitais e metas para se alcançar a plena urbanização digital dos municípios. O ranking pretende, a partir do levantamento, criar uma pontuação para os projetos, elegendo as melhores iniciativas, que poderão servir de parâmetro para os municípios que ainda estão em busca de um modelo sustentável e se “perdem” em meio a diversidade de conceitos e formatos dos diferentes projetos de inclusão digital existentes.
A equipe do CPqD desenvolveu uma metodologia de classificação a partir do conceito, segundo o qual uma cidade, para ser digital, precisa: 1) conectar os órgãos públicos e aumentar a eficiência administrativa; 2) incorporar a tecnologia em sua política para que a infraestrutura possa resultar na oferta de melhores serviços à sociedade e em maior transparência dos gastos públicos; e 3) oferecer pontos de acesso gratuito à internet e difundir ações de inclusão digital. Com 14 questões, em formato fechado, o levantamento vai apurar o nível de informatização dos governos; a qualidade e a extensão da conexão à internet; os serviços eletrônicos disponíveis aos cidadãos; o grau de cobertura para acesso individual; e o grau de maturidade e interatividade com os cidadãos, entre outras. Para facilitar o preenchimento do questionário pelos gestores públicos, a Momento Editorial colocou o questionário no site da revista Wireless Mundi. As informações enviadas serão, posteriormente, analisadas pela equipe do CPqD, responsável pela elaboração do Ranking.
Ranking digital: a posição do Brasil fica estável.
Na edição 2010 da pesquisa Ranking Economia Digital, o Brasil manteve a mesma colocação obtida em 2009, o 42º segundo lugar, graças à melhoria nas categorias de “ambiente de negócios”, com melhores pontuações em oportunidade de mercado (7,8 pontos) e melhor política de investimento estrangeiro (7,75). Entretanto, o país piorou seu desempenho em “visão e política do governo” e “ambiente social e cultural”, com queda na nota de nível educacional de 7,5 para 6 pontos. A categoria “infraestrutura de tecnologia e conectividade” revela que a internet alcançou um percentual de crescimento menor que em 2009 e, por isso, o Brasil recebeu nota 3. Já o acesso a celulares cresceu nesse ano, o que rendeu 9 pontos, a melhor pontuação do país em todas as categorias do ranking. O estudo não aponta alterações nas notas de “ambiente jurídico” e “adoção por empresas e consumidores” no país.
Produzido anualmente pela divisão de consultoria da IBM e pela Unidade de Inteligência do The Economist, o estudo está em sua 11ª edição, e tem por objetivo avaliar a capacidade de 70 países de absorverem novas tecnologias de informação e comunicação e aplicá-las a favor do desenvolvimento econômico e social. Em toda a trajetória do estudo, o Brasil alcançou sua melhor posição em 2006, ocupando a 41ª posição. No ranking 2010, anunciado no final de julho, a Suécia, com 8,49 pontos, é a líder da pesquisa, seguida pela Dinamarca – primeira posição de 2009 –, Estados Unidos e Finlândia. Na América Latina, o Brasil ocupa o 2º lugar do ranking, perdendo para o Chile, em 30º na classificação geral. Com pontuação total de 5.27 do total de 10, o país manteve a mesma posição do ano passado, ainda que com uma nota inferior à dos 5.42 pontos conquistados em 2009. Também estão na pesquisa a Argentina (46ª posição), Peru (53º), Venezuela (55º) e Equador (60º). Já entre os países do bloco econômico BRIC, o Brasil manteve a liderança, apresentando o melhor ambiente geral para o crescimento do e-commerce.
O Ranking Economia Digital 2010 avaliou os quesitos qualidade de banda larga e conexões de fibra e 3G, o que provocou queda de posição em alguns dos países europeus e norte-americanos que aparecem entre os dez primeiros. Neles, a disponibilidade de conexões ultra-rápidas ainda precisa ser desenvolvida. Em contrapartida, economias asiáticas que investiram pesado na próxima geração de infraestrutura para internet subiram consideravelmente no ranking.
Cálculo das pontuações
A pontuação resulta da análise de seis categorias (e seu peso no modelo): infraestrutura de tecnologia e conectividade (20%); ambiente de negócios (15%); ambiente social e cultural (15%); ambiente jurídico (10%); visão e política do governo (15%); e adoção por empresas e consumidores (25%).
A pontuação resulta da análise de seis categorias (e seu peso no modelo): infraestrutura de tecnologia e conectividade (20%); ambiente de negócios (15%); ambiente social e cultural (15%); ambiente jurídico (10%); visão e política do governo (15%); e adoção por empresas e consumidores (25%).
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