Fonte: GBMachado
“Paz, amor, união e diversão”, é a proposta do livro Hip Hop – A Cultura Marginal - do povo para o povo de Anita Motta e Jessica Balbino, que é, o tempo todo, fiel a história do hip hop no Brasil e no mundo.
Definitivamente é um livro que traz o retrato de uma cultura urbana, emergente das classes populares das metrópoles.
Uma verdadeira aula de hip hop, que já começa no título, nos fazendo questionar, que cultura é essa? Que marginal é esse?
É um livro gostoso de ler, com conteúdos específicos, poesias, histórias e curiosidades únicas. Um material que é com certeza um registro histórico-cultural, daquele que é o maior movimento social dos últimos 30 anos. Esta obra, contribui, inegavelmente para dar mais visibilidade a uma cultura que carrega em sua face, o olhar do preconceito, da ignorância, da desigualdade e da exclusão a partir daqueles que desconhecem, rotulam ou ignoram.
Afirmo que é louvável a produção das jornalistas que se lançaram a campo para registrar a voz de um movimento, ritmo e cultura, certificando que mesmo numa forma de deficiência a universidade ainda forma seres pensantes, que estão à frente na análise das manifestações culturais e fenômenos sociais, muito antes do que qualquer meio de comunicação.
Elas dizem assim, no capítulo inicial: “Vem ardendo, sangrando e machucando. É o berro que emana dos morros, guetos e favelas. Vem dos locais mais pobres, o grito desesperado de quem vem da periferia. Chega ao asfalto carregado de protesto, indignação, carência, vontade, luta e marginalidade”.
Para adentrar no mundo do hip hop e conhecer faces totalmente desconhecidas ou ignoradas da hiphoptude, o livro Hip Hop – A Cultura Marginal é um bom começo.
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