Google Maps parece mesmo decidida a atuar por conta própria nos Estados Unidos. A empresa estava usando o Tele Atlas desde setembro de 2008 quando encerrou o contrato com a Navteq, adquirida pela Nokia.

Graças aos próprios veículos de captação de imagens (Street View) o Google Maps e o Google Earth conseguiram montar um complexo conjunto de registros, até dos locais mais obscuros dos Estados Unidos, além de outras capitais no mundo.

Além disso, o Google também fechou um acordo com o governo dos Estados Unidos para disponibilizar aos internautas informações catalogadas pelo Serviço Florestal e Pesquisa Geológica Americana.
O Censo Americano (US Census Bureau) também disponibiliza dados complexos e precisos aos internautas e segundo o Google tem sido fundamental para o projeto Open Street Map (Projecto colaborativo para criar um mapa livre e editável do mundo, inspirado por sites como a Wikipedia Mapa Aberto de Ruas).

Com a ferramenta Map Maker, (desenhe seu próprio mapa) é possível criar e editar mapas do Google, inserir direções, locais etc, mesmo que você não seja um geógrafo ou cartógrafo. A idéia é contar com a colaboração dos internautas para correção dos erros, e até inserção de novos mapas em países onde não existiam mapas precisos até agora. E isso já pode ser verificado pelos novos mapas, que embora ainda possam conter erros, mostram que o detalhe global aumentou, e em alguns casos até é possível consultar dados para os limites (fronteiras) de terras de algumas cidades. Para saber mais leia o Blog Latitude Longitude do Google.

O que todo mundo quer saber, na verdade, é o que o Google vai fazer com todos esses mapas? Serviços de mapeamento são caros e a proteção destes dados sempre foi motivo de conflitos. Talvez o Google esteja rompendo com as questões de licenciamento de mapas para poder disponibilizá-los abertamente. Vai conseguir? E a concorrência? Inclusive esta é uma das razões pela qual a Apple ainda não oferece a aplicação de construção de mapas no Iphone, por exemplo. De qualquer maneira a geografia é 'destino' e o espaço cartográfico permite visualizar ou localizar, estratégica ou taticamente, quase todos os capitais: cultural, social, econômico e simbólico, não é Bordieu?

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