Curiosidade Epistêmica

Posted by admin 6 de out. de 2017

Estudos revelam que a curiosidade pode ser de dois tipos: a perceptual (todos os animais) e a epistêmica (humana). A perceptual é evocada em animais e humanos por estímulos visual, auditivo ou tátil. A curiosidade epistêmica vai além, porque busca compreender as coisas e preencher os vazios do conhecimento, como se estivesse faltando uma peça no quebra-cabeças da vida. (BERLYNE, 1954). A curiosidade epistêmica não é o ato de supor, porque ela é tenaz e vem com força para aprofundar o conhecimento sobre um tema, uma pessoa, um acontecimento, a partir de uma atenção estabilizada e sustentada, desde o disparo motivacional que origina o desejo de conhecimento. (SCHMITT e LAHROODI, 2008). 
Em alguns casos, há uma tendência natural da curiosidade humana em favor de temas de interesse prático, contudo, para Schmitt e Lahroodi (2008) a curiosidade epistêmica favorece novas visões de mundo porque, dinamicamente, ultrapassa as fronteiras dos interesses individuais e, progressivamente, permeia a atenção de uns com outros. Aquisição e transmissão do conhecimento, tarefa complexa para educadores e jornalistas. Como incentivar a curiosidade epistêmica do jornalista ou do aluno diante da grande oferta de “fast answer” que não sacia a fome de conhecimento? 
A curiosidade jornalística epistêmica é a habilidade que o cérebro tem, ao se defrontar com um conhecimento novo, de recorrer à memória e ativar a emoção para a elaboração de perguntas. E se curiosidade epistêmica é uma habilidade importante para o jornalista, a memória parece ser sua melhor parceira.
Apresentei minha pesquisa sobre o tema no Congresso da Intercom Curitiba, em 2017. O artigo "A Curiosidade Epistêmica Jornalística e a Narrativa Autoral" que assino com Cremilda Medina, minha orientadora da tese doutoral está disponível aqui

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