Gay Talese...

Posted by admin 24 de jul. de 2009

Gay Talese por D. Shankebone





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Colaboração para a Folha Online
Teresa Chaves
O jornalista e escritor americano Gay Talese, 76 anos, veio ao Brasil participar da Flip 200 em Paraty, RJ. Conhecido como um dos protagonistas do new journalism (estilo que mistura narrativa literária e técnica jornalística) ele lançou este ano pela Cia. das Letras "Vida de Escritor". Veja a seguir o que ele pensa sobre os livros eletrônicos. "Não presto atenção em e-books, e nunca tentei ler um. Eu não uso e-mails. Não uso gravador, eu não faço as coisas de nenhuma forma diferentes do que fazia quando comecei, há mais de 50 anos. As novas tecnologias são uma ferramenta valiosa para tornar as coisas mais rápidas, mais fáceis etc. Mas eu nunca me interessei por fazer nada mais rapidamente ou com maior facilidade. Eu acho que o bom trabalho toma tempo. Não há atalhos. Há apenas produzir um bom trabalho e esperar que ele perdure, que sobreviva o dia e a semana e o mês nos quais ele aparece impresso, ou num laptop, ou num post de blog."

Em entrevista a Lúcia Guimarães no Estadão de Hoje Caderno 2 Online Talese defende o trabalho de campo dos jornalistas em época marcada pelas comodidades da web.
LG - Por que nós precisamos de jornais?
GT - "Porque no prédio de qualquer redação de um jornal respeitável, a qualquer momento, há menos mentirosos por metro quadrado do que em qualquer outro prédio. Há mentirosos nos jornais também, mas em menor número. Nos prédios do governo, nas escolas, instituições científicas, estádios de esporte, nas fábricas, a mentira circula num grau mais alto. Os jornais estão mais interessados na verdade, mesmo se cometem erros, às vezes, erros involuntários. E se você ainda quer a verdade, é mais fácil chegar a ela por intermédio de um jornal do que em qualquer outra instituição. Os jornais ainda oferecem a melhor chance de manter a verdade em circulação."
LG - No posfácio de A Mulher do Próximo, o senhor ataca críticos pela reação ao lançamento do livro.
GT - "Quando A Mulher do Próximo saiu, em 1980, foi severamente criticado, e eu também. Consideram o livro uma tentativa de me esbaldar. É verdade que, tal como em outros livros, eu me envolvi totalmente, tornei-me nudista, era freguês de casas de massagens. Como é que você sabe o que se passa ali se não participa? Ficar na coletiva de imprensa, pegar o avião com o presidente, isso dá ao repórter a versão oficial. A reportagem sobre a sexualidade tem que ser feita em primeira mão."

No blog Jornalismo nas Américas publicado por Paulo Rebêlo:
_ "Google? Não, obrigado", diz Gay Talese. Em mais uma rodada de declarações contundentes contra o jornalismo praticado atualmente, durante sua passagem pelo Brasil, o veterano Gay Talese garante não saber do que se trata o Google.

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